

Levantamento da B3 mostra um aumento significativo no número de mulheres investidoras na renda variável e também no Tesouro Direto. O crescimento da participação feminina no mercado financeiro indica que as investidoras estão mais dispostas a correr riscos.
Segundo os dados da B3, a quantidade de mulheres na renda variável subiu 85,6% nos últimos cinco anos, um salto significativo em um ambiente tradicionalmente dominado por homens. De 2023 para 2024, esse crescimento foi de 7%.
Além disso, o número de investidoras no Tesouro Direto superou 1 milhão em 2024, num crescimento superior a 15% em um ano, evidenciando diversificação entre ativos de maior e menor risco.
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"Registrar o recorde de investidoras e o marco de mais de milhão de mulheres com Tesouro Direto na carteira é, sem dúvida, motivo de celebração”, afirma Christianne Bariquelli, superintendente de Educação da B3.
“As mulheres estão buscando não apenas mais segurança na sua relação com o dinheiro, mas também formas de garantir maior independência financeira e realizar suas metas”, opina Monica Saccarelli, diretora de Investimentos do Inter.
Desafios das mulheres investidoras
Na renda variável, o aumento é de 1.292.666 para 1.381.426 no número de mulheres investidoras. No total, o Brasil tem 5.259.178 de investidores, sendo que a grande maioria, 73,74% são homens e 26,26%, mulheres.
A disparidade salarial ainda limita o avanço das mulheres no mercado financeiro. Segundo o 1º Relatório de Transparência Salarial do governo federal, elas ganham 19,4% menos que os homens. Além disso, um estudo do BNY Mellon mostra que apenas 10% das mulheres sentem que entendem bem de investimentos, e 45% delas veem ações como arriscadas demais.
"A educação financeira é um dos pilares fundamentais para aumentar a confiança e a participação feminina nesse segmento", comenta Saccarelli.
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