- Segundo especialistas, o jovem brasileiro precisa construir uma reserva de emergência equivalente a 12 meses do valor do aluguel
- Além disso, precisa ter previsibilidade de receita para arcar com todas as despesas fixas e variáveis
- De acordo com dados do IBGE, há no Brasil quase 11 milhões de pessoas morando sozinhas
A decisão de morar sozinho não deve ser feita de forma precipitada. O custo para viver só no Brasil fica em torno de R$ 5.137,88. O valor médio inclui as despesas fixas, variáveis e até os aportes mensais para a construção da reserva de emergência. No entanto, antes de dar esse primeiro passo, a pessoa precisa ter uma poupança capaz de comprar a mobília do novo lar e arcar os custos com possíveis reformas.
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O agrônomo Ruan Lessa, de 27 anos, está ciente desse processo. Mesmo com renda própria, ele ainda prefere morar com os pais para juntar um valor necessário que lhe dê segurança para encarar essa nova fase. “As empresas locatárias pedem um calção de dois a três meses do aluguel que faz com que os primeiros meses após a saída de casa sejam extremamente caros”, afirma.
Por esse motivo, antes de pensar em morar sozinho, Luiz Henrique Garcia, assessor de investimentos com certificação CFP®, afirma que o jovem precisa ter previsibilidade de receita para arcar com os gastos mensais que costumam ser altos. “Esse é o primeiro passo a ser feito”, afirma.
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Logo depois, vem a organização financeira que consiste em acumular um bom capital para arcar com os gastos com mobílias, reformas e que sirva como uma reserva financeira durante o primeiro ano de moradia. “O ideal é acumular um capital equivalente a 12 meses do custo do aluguel. Isso garante uma certa tranquilidade para os gastos com móveis e reformas”, ressalta Garcia.
Além disso, é preciso ter em mente quanto vai gastar com as contas fixas, como luz, água, aluguel e alimentação, e variáveis para saber se a sua realidade financeira atual comporta todos os custos. Segundo Saraí Molina, especialista da Ágora Investimentos, se ao fazer esses cálculos e não houver “folgas” no orçamento, talvez, o atual momento não seja o ideal para morar sozinho. “Neste caso, sugiro que considere dividir as despesas com outra pessoa”, afirma Molina.
Segundo os dados mais recentes da Pesquisa por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 10,8 milhões de pessoas moram sozinhas no Brasil.