O que este conteúdo fez por você?
- A liquidez varia de acordo com o investimento escolhido, que pode ser de curto, médio ou longo prazos
- Liquidez e rentabilidade são conceitos diferentes: quanto maior um, menor o outro
- Perfil do investidor e seus interesses devem ser levados em conta para decidir qual investimento fazer
No mundo dos investimentos, a liquidez está relacionada ao dinheiro devolvido ao investidor a partir de uma aplicação feita e em quanto tempo é resgatado. Se o rendimento só estiver disponível em um prazo específico, a liquidez fica em segundo plano e o investidor, sem acesso ao recurso, mas a rentabilidade pode ser maior.
Isso significa que não é possível priorizar investimentos com rendimentos a médio e longo prazos? Tudo vai depender dos objetivos e do perfil do investidor. Se a pessoa possui dinheiro para suas necessidades, vale deixar a liquidez de lado.
A seguir, entenda o que são liquidez diária e corrente e quais são os riscos relacionados.
O que é liquidez diária?
Como o próprio nome sugere, a liquidez diária é quando a liquidez ocorre todos os dias e fica disponível 24 horas depois de feita a aplicação (quando se trata da liquidez D+1) ou na hora (D+0). São os casos, respectivamente, de investimentos em renda fixa, no Tesouro Selic, ou em contas correntes com Certificados de Depósito Bancário (CDBs) e fundos de investimento.
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Mas é preciso avaliar qual liquidez diária vale mais a pena. A poupança, por exemplo, rende abaixo da inflação e tem limitações quanto ao resgate. Se o depósito na poupança ocorreu em 7 de abril, então no mesmo dia nos próximos meses ocorrerá o rendimento dela, mas se o resgate ocorrer fora desse período, a rentabilidade será menor.
Nesse caso, vale a pena investir no Tesouro Direto, com liquidez garantida diariamente pelo Tesouro Nacional e com o benefício de não perder rentabilidade em aplicações de renda fixa como o CDB e na renda variável, em ações mais valorizadas no momento.
O que é liquidez corrente?
Organizações ligadas ao mercado de ações devem demonstrar que são interessantes para atrair investidores. E isso ocorre por meio de sua liquidez corrente, que é o indicador que mostra a saúde da empresa e o quanto ela paga as dívidas.
Nisso são considerados dois fatores: o ativo circulante e o passivo circulante. O primeiro diz respeito a quanto dinheiro em caixa a empresa possui, além de estoques; já o segundo é referente às dívidas como impostos, valores devidos a fornecedores, empréstimos, entre outros.
Se tudo correr bem, a organização tem liquidez corrente alta, mas se estiver envolvida com dívidas além do capital indica liquidez corrente baixa.
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Para tentar normalizar o fluxo de caixa, as empresas antecipam seus recebíveis e, em contrapartida, pagam uma taxa de juros, influenciando a liquidez diária. Leandro Pasin, CEO da Pontte, fintech especializada em crédito imobiliário, explica que bancos e fintechs oferecem um modelo diferente para equalizar o problema de liquidez corrente por meio de crédito com garantia, preservando a situação financeira da organização.
Sobre o que é liquidez nesse contexto, o especialista diz que vale se atentar ao seguinte:
- Liquidez baixa menor que 1 — organização em sinal de atenção;
- Liquidez baixa igual a 1 — tem dinheiro para arcar com dívidas;
- Liquidez maior que 1 — obtém recursos com terceiros.
Em resumo, para evitar perder dinheiro, o ideal é resgatá-lo apenas no vencimento da aplicação:
- D+0 — resgate imediato (dinheiro em contas-correntes);
- D+3 — ações compradas com liquidez a partir de três dias;
- D+1 — Tesouro Selic e CDBs;
- D+30 ou em prazo maior — Letra de Crédito Imobiliário (LCI), Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) e CDBs com prazos que variam de 90 dias a 1 ano ou mais.
Qual a relação entre liquidez e riscos dos investimentos?
Geralmente, os investimentos mais arriscados estão relacionados àqueles com liquidez em médio e longo prazos, que são mais rentáveis, apesar de terem menor liquidez.
O ideal é resgatar apenas quando o ativo está mais valorizado. E não há uma data específica para isso, já que depende das movimentações do mercado: inflação, preço da moeda estrangeira, etc. Por isso, é preciso acompanhar as informações. As corretoras providenciam os dados ou é possível consultar o site das organizações, em “relacionamento com investidores”.
Como calcular os riscos de liquidez?
O investidor pode usar as seguintes fórmulas para calcular os riscos de liquidez, a partir dos indicadores de desempenho informados pelas organizações:
- Liquidez imediata (considera o saldo atual da organização) — valor disponível dividido pelo passivo circulante;
- Liquidez corrente — ativo circulante dividido pelo passivo circulante;
- Liquidez seca (excluindo os estoques) — ativo circulante menos os estoques dividido pelo passivo circulante;
- Liquidez geral (como estará a situação financeira da organização em 12 meses) — ativo circulante somado ao realizável em longo prazo dividido pelo resultado do passivo circulante somado ao valor do exigível em longo prazo.
Fonte: Banco Central do Brasil; Leandro Pasin, CEO da Pontte, fintech especializada em crédito imobiliário.
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