Desde o fim da semana passada, os contribuintes podem consultar o primeiro lote de restituições do Imposto de Renda (IR) 2024 para ver se estão contemplados nesta etapa. Talvez você faça parte da estatística que acessou o portal da Receita Federale percebeu que ficou de fora do maior lote da história (com R$ 9,5 bilhões para mais de 5 milhões de contribuintes, segundo dados do Fisco).
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Em geral, a maior parte dos valores restituídos (cerca de R$ 8,8 bi) são direcionados a quem possui prioridade pelos critérios da Receita. No entanto, alguns contribuintes já devem ter se deparado com a oferta de ‘antecipação’ da restituição. Acontece que a possibilidade não tem nada a ver com o Fisco brasileiro. Se reparar bem, o declarante vai perceber que o ‘pagamento antecipado’ é feito, na realidade, por algumas instituições financeiras. Portanto, não se trata de ‘furar a fila’ da Receita, mas de pegar um empréstimo.
Digamos que o contribuinte tenha o valor de R$ 1 mil a ser restituído da declaração. Ao constatar que não está no primeiro lote, ele vai até a agência bancária (da conta em que receberá a restituição) e solicita que aquela quantia a ser paga pela Receita seja ‘antecipada’. Mas atenção: isso nada mais é do que um empréstimo e, portanto, haverá cobrança de juros por parte do banco. Aliás, o pedido passará por uma análise, podendo até ser negado, a depender do caso.
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As condições oferecidas também podem variar de acordo com a instituição, mas para saber se a contratação dessa modalidade de empréstimo vale a pena, é preciso considerar a urgência, o valor a ser restituído, o tempo até que a restituição caia e a possibilidade de arcar com os juros cobrados — via de regra, quanto mais tempo levar para quitar a dívida, mais cara será a operação.
A busca por um consultor financeiro pode ser a saída mais adequada para traçar um planejamento e entender as necessidades do contribuinte.