Educação Financeira

Vale a pena contratar um seguro automotivo por quilometragem?

Levantamento feito pela Youse compara o seguro convencional com o novo serviço

Vale a pena contratar um seguro automotivo por quilometragem?
(FOTO: Envato Elements)
  • A Youse, da Caixa Seguradora, que está lançando o segmento de seguro automotivo por quilometragem, no qual o cliente paga conforme a distância percorrida
  • “Para aqueles que rodam em média 300 quilômetros por mês, a modalidade é uma boa opção, já que mantém seu seguro mesmo quando o carro está parado e garante o pagamento compatível com o uso”, indica Lenara Londero, product manager na Youse
  • O E-Investidor conversou com especialistas em educação financeira para saber se vale mais a pena contratar o seguro convencional ou o por quilometragem

Os seguros são um dos poucos serviços que contratamos com a esperança de nunca utilizar. Com o intuito de baratear os custos para os clientes, as seguradoras têm se reinventado para oferecerem seus serviços de forma mais acessível.

É o caso da Youse, da Caixa Seguradora, que está lançando o segmento de seguro automotivo por quilometragem, no qual o cliente paga conforme a distância percorrida.

Segundo a própria companhia, o serviço ‘Auto por Km’ funciona aos moldes do modelo “pay per use”, ou seja, pague pelo que usar. Essa modalidade pode ser mais vantajosa para as pessoas que utilizam o carro para percorrer curtas distâncias ou combinam seu uso com transporte coletivo, bicicleta, entre outros.

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“Para aqueles que rodam em média 300 quilômetros por mês, a modalidade é uma boa opção, já que mantém seu seguro mesmo quando o carro está parado e garante o pagamento compatível com o uso”, indica Lenara Londero, product manager na Youse.

O E-Investidor conversou com especialistas em educação financeira para saber se vale mais a pena contratar o seguro convencional ou o por quilometragem. Para efeito de análise, a Youse enviou um levantamento exclusivo no qual compara ambas as modalidades.

Vale lembrar que os combos apresentados (básico, intermediário e completo) são distintos por produto, ou seja, possuem coberturas e assistências diferentes. Outro ponto importante é que a seguradora considerou a quilometragem de 14 km/dia, que é a média de quilometragem percorrida atualmente na Youse levando em conta o perfil médio do cliente da seguradora: homem, 38 anos, de São Paulo, com uso particular do veículo.

Caio Fragata, da Planejar, associação brasileira de planejamento financeiro, explica que antes de qualquer contratação de seguro o motorista deve avaliar como usa o carro. “Com as pessoas se deslocando menos, talvez um seguro proporcional possa ter uma vantagem ante ao tradicional. Se a pessoa consegue se organizar para se deslocar de maneira mais eficaz, pode fazer sentido procurar cotações para averiguar qual caso é melhor. Tudo vai depender de como ele se encaixa na rotina da pessoa”, diz Fragata.

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Antônio Jorge Martins, coordenador dos cursos automotivos da FGV, destaca que os valores da tabela são muito parecidos e as diferenças começam a se tornar mais relevantes à medida em que o carro conta com um maior conteúdo tecnológico. Ou seja, quanto mais completo o veículo, mais as diferenças de preço começam a aparecer em valores maiores.

“No caso do Compass, por exemplo, existe uma diferença de preço entre o seguro tradicional e o por quilômetro. A diferença, nesse caso, se torna mais chamativa, porque na realidade você tem um veículo que tende a ser objeto de desejo e também sujeito a roubo. Você tem um risco maior com veículos mais tecnológicos, então paga-se um seguro mais caro”, diz.

Segundo a Youse, o valor do seguro por quilometragem é calculado de acordo com o modelo do carro, seu perfil e as coberturas contratadas. Ele é separado em duas partes: uma fixa e outra variável. Na parte fixa, a companhia considera o valor mínimo para ter o seguro sempre ativo, mesmo sem rodar.

Já a parte variável é calculada pela quantidade de quilômetros rodados com o carro no período. Por exemplo: se o preço por km é R$ 0,10 e o veículo andou 100 km no mês, a fatura do período vai ser o valor fixo + R$ 10 (100 km x R$ 0,10). O preço por quilômetro também depende do perfil do segurado.

Na opinião de Martins, esse modelo acaba sendo uma premissa razoável para quem quer usar o seguro por períodos mais curtos de tempo. “Você vai pagar pelo número de dias e de quilômetros que está utilizando. Isso, na minha opinião, é bem mais razoável do que quando comparamos com o valor cheio”, diz.

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Por outro lado, aqueles que rodam maiores distâncias tendem a não se beneficiar do serviço. “O modelo por quilometragem acaba não se tornando econômico e, nesse caso, prevalece o modelo convencional”, diz.

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