- O spread no mercado financeiro é o saldo entre o preço de compra e o de venda de um ativo. O termo é utilizado para determinar a rentabilidade do investimento, representando a margem de lucro ou o gasto em uma operação
- O spread é obtido no mercado financeiro pela diferença entre o preço de venda e o melhor preço de compra do ativo. É possível calculá-lo para cada ativo tendo como base a volatilidade verificada ao longo de determinado tempo
- O spread bancário é constituído pela diferença entre o custo de captação dos valores e os juros cobrados dos clientes, representando a diferença entre os juros pagos pelo banco ao investidor e os cobrados dos clientes
Se você já ouviu falar em spread em diferentes contextos e sempre quis entender o que significa, o E-Investidor explica. O termo comum no mercado financeiro e no âmbito bancário é utilizado para determinar a rentabilidade de um investimento, segundo a advogada Luciana Simões Rebello Horta, do escritório Baptista Luz.
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“Nas operações do mercado futuro de commodities, por exemplo, o spread consiste na diferença de preço entre os meses de vencimento de um contrato”, explica a especialista.
Como funciona o spread no mercado financeiro?
No mercado financeiro, o spread é o saldo entre o preço de compra e o de venda de um ativo. Na prática, é possível calculá-lo para cada ativo tendo como base a volatilidade verificada ao longo de determinado tempo. “Dessa forma, identificam-se ações menos voláteis, os spreads menores, que costumam ter maior liquidez”, diz Horta.
O spread no mercado financeiro pode ser usado para determinar a rentabilidade de uma operação. Nesse contexto, o cálculo indica se em uma operação de compra é vantajoso ou não que o preço de compra do ativo seja menor do que o preço de venda, considerando que o objetivo das operações de compra é pagar o menos possível para obter ganhos.
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Horta dá outro exemplo da utilização do spread no mercado financeiro: “Quando há compra e a venda de opções que tenham o mesmo ativo implícito e o mesmo preço de exercício, mas vencimento em diferentes meses, o spread é usado por investidores que acreditem em uma variação pequena no preço do ativo”.
O que é spread bancário?
Além do spread no mercado financeiro, há o spread bancário. De acordo com a advogada, ele consiste na diferença entre os juros pagos pelo banco ao investidor e os juros cobrados dos clientes, o que gera às instituições bancárias a remuneração fundamentada na diferença entre o custo de captação e os juros cobrados dos clientes.
“Calcula-se o spread bancário pela diferença entre a taxa de captação média da instituição e a taxa de empréstimo média daquele mesmo ano”, explica Horta.
Como o spread bancário afeta as finanças pessoais?
O spread bancário, segundo Horta, influencia diretamente a viabilidade da obtenção de crédito de pessoas físicas e jurídicas porque a principal atividade das instituições financeiras é intermediar as operações de crédito e de financiamento.
A especialista relembra que esse contexto ocorre pelo fato de o spread bancário ser a diferença entre os juros pagos pelo banco para o investidor e dos juros que são cobrados do cliente. Essa movimentação permite que as instituições bancárias tenham a remuneração lastreada na diferença entre o custo de captação e os juros cobrados dos clientes.
O spread bancário no Brasil é um dos maiores do mundo devido ao alto risco de crédito suportado pelas instituições bancárias, o que eleva sobremaneira o custo financeiro desses serviços, segundo Horta. As incertezas do mercado que geram grande volatilidade das taxas de juros no País colocam o spread bancário no Brasil nessa posição.
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Fonte: Luciana Simões Rebello Horta, advogada do escritório Baptista Luz.