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Educação Financeira

Entenda a diferença entre transferências inteligentes e o Pix automático

Entre suas funcionalidades, os usuários poderão administrar diferentes contas bancárias pela mesma interface

Entenda a diferença entre transferências inteligentes e o Pix automático
As transferências inteligentes devem ser lançadas gradualmente, entre 15 e 29 de abril. (Foto: Envato Elements)
  • Com transferências programadas e recorrentes, é possível fazer movimentações financeiras entre contas de mesma titularidade
  • A novidade permite a criação de uma série de automações para ampliar as possibilidades em conta
  • O período de lançamento começou na segunda-feira (15) e deve ocorrer gradualmente até 29 de abril

As transferências inteligentes estão entre as mudanças nas formas de pagamento previstas para 2024. Com transferências programadas e recorrentes, é possível fazer movimentações financeiras entre contas de mesma titularidade. O período de lançamento começou na segunda-feira (15) e deve ocorrer gradualmente até 29 de abril, em instituições financeiras.

Segundo Wendel Nunes, o product lead (responsável por entender e traduzir as necessidades dos clientes e do mercado) no Open Finance Brasil, o que torna a ferramenta inteligente é a forma com que se pode estabelecer o pagamento.

“Antes, para fazer uma transferência, era necessário programar uma data e um valor para ser executado. Com advento das transferências inteligentes, é possível programar gatilhos e regras pré-definidas, para que esse recurso seja executável durante o processo que foi estabelecido pelo cliente dentro do seu aplicativo”, afirma o especialista, consultado pelo E-Investidor.

Qual é a diferença entre transferências inteligentes e Pix automático?

O Pix automático, previsto para ser lançado no final de outubro, busca revolucionar os meios de pagamentos com a possibilidade de realizar transações que são autorizadas e agendadas com antecedência, de maneira automática e recorrente, com valores determinados, para pessoas físicas e jurídicas. 

A grande diferença entre Pix automático e as transferências inteligentes está na relação entre as contas de origem e destino do pagamento. A proposta do Pix automático é trazer uma infraestrutura comum para o usuário, que dependa sempre de um recebedor PJ (Pessoa Jurídica) e tenha alguma relação com o usuário.

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“Por isso, os exemplos de casos para usar essa modalidade do Pix são sempre relacionadas a utilities (serviços essenciais, como água e luz) ou pagamento de assinaturas. Já as transferências inteligentes partem de transações entre contas de mesma titularidade, isto é, recebedor e pagador são a mesma pessoa. Isso diminui o risco existente na transferência”, explica Ana Continentino, especialista em Inovação em Pagamentos no Mercado Pago.

Criando automações 

As transferências inteligentes permitem a criação de uma série de automações para ampliar as possibilidades em conta. “Eu posso criar uma regra ou gatilho para que toda vez que cair um valor na minha conta, ele seja enviado para uma outra conta poupança ou de rendimento. Então, é possível criar múltiplas automações”, exemplifica Gustavo Bresler, membro no GT UX do Open Finance Brasil e COO no Iniciador.

Outro ponto interessante é a possibilidade de reunir e movimentar dados de diferentes instituições financeiras. “Inicialmente, só havia o poder de leitura para acessar os dados em outra plataforma. Se eu precisasse movimentá-los de alguma forma, eu teria que entrar na interface do meu outro banco. Agora, eu consigo consolidar todas as minhas contas numa única interface e movimentar todas elas ao mesmo tempo”, explica Bresler.

O especialista elucida o método das transferências inteligentes em um cenário em que há ausência de saldo e consequente uso do cheque especial. “A partir de um gatilho, você pode ser avisado sobre o uso do cheque especial e ainda movimentar dinheiro que você tem em outras contas para cobrir o valor, através do compartilhamento de dados”, conta Bresler.

Segurança nas transações

Além de ocorrer somente entre contas de mesma titularidade, as transferências inteligentes podem contar com outros meios que promovem a segurança das transações, como as “travas”. “Existe um valor global em que se define determinado valor que pode ser executado, o valor por transação e também travas de segurança quanto à periodicidade, para saber se a transferência é diário, semanal, mensal ou anual”, afirma Nunes. 

Na hipótese das transações recorrentes oscilarem seu valor, o usuário pode ser avisado sobre a mudança, por notificações (a depender do método escolhido pela instituição financeira). Com os limites de valor já pré-estabelecidos, o consumidor pode barrar a transação que passar do esperado para determinada transferência.

“Essa é a grande missão no final das contas: permitir que o cliente possa definir quanto e para onde vai o dinheiro dele, ou seja, que o usuário configure as transações para que ele possa utilizar as transferências inteligentes da melhor forma possível”, ressalta Continentino.

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