- Nathalia Arcuri, CEO da Me Poupe!, esteve presente na live do E-Investidor desta quarta-feira (19)
- A especialista listou as 6 piores aplicações para o investidor iniciante e como não cair em ciladas
Para o investidor iniciante, o mercado financeiro pode parecer um tanto complexo. Há vários tipos de aplicações, cada uma com rentabilidades, riscos, características e objetivos diferentes.
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No mundo da renda fixa, por exemplo, é possível encontrar títulos prefixados, pós-fixados, indexados à Selic ou Inflação e com exposição ao crédito privado. Já na renda variável, as opções são ainda maiores.
Para ajudar a entender em quais aplicações investir, a Nathalia Arcuri, especialista em finanças e CEO da Me Poupe!, fez o caminho inverso e deu seis dicas de onde NÃO investir o seu dinheiro, durante live do E-Investidor.
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A seguir, você pode conferir quais os piores investimentos, segundo a especialista:
1. Fundos de previdência privada que cobram taxa de carregamento
A taxa de carregamento está entre as armadilhas dos fundos de previdência privada. Esse valor é pago pelo investidor a cada novo aporte. Isto é, antes mesmo do dinheiro cair no fundo, uma parte já fica retida. Atualmente, já existem fundos de previdência isentos desse tipo de cobrança no mercado. Fique de olho!
2. Poupança
Em cenários como no ano de 2020, em que a Selic estava a 2% ao ano, a rentabilidade da poupança agora afunda no negativo. No período, o rendimento para esse tipo de aplicação foi muito baixo, prejudicando quem apostou nesse recurso.
Isso porque, com a taxa de juros igual ou abaixo de 8,5% ao ano, a poupança devolve o valor investido mais 70% da taxa Selic, somado à Taxa de Referência (TR), que estava zerada em 2020. Assim, o retorno anual foi de apenas de 1,40% a.a.
Em termos práticos, portanto, deixar a reserva financeira na poupança pode fazer você perder dinheiro. Para evitar esse problema, é preciso ficar de olho nos valores da Selic, que em 2022, por exemplo, está em 13,75%, um cenário mais promissor.
3. Fundo DI de bancos tradicionais
Os fundos DI são compostos basicamente por títulos do Tesouro Direto atrelados à Selic, ou seja, o rendimento da aplicação segue de perto o patamar da taxa básica de juros da economia. Sendo assim, vale aqui o mesmo alerta dado em relação à poupança: é preciso acompanhar os valores da Selic para não perder dinheiro.
Vale lembrar que o investimento não rende ao ano exatamente o valor da taxa (que hoje está em 13,75%). Isso, uma vez que existem também as taxas de administração, que se forem altas, engolem toda a rentabilidade. Nesse cálculo ainda é necessário subtrair a inflação e o imposto de renda: o que pode fazer a aplicação minguar.
4. Título de capitalização
Provavelmente você já ouviu falar dos ‘títulos de capitalização’ oferecidos como opções de investimento na grande maioria dos bancos tradicionais.
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Entretanto, esses títulos funcionam quase como uma ‘rifa’, em que todos os participantes pagam uma quantia ao mês para concorrer a prêmios no período vigente. No fim do prazo, o participante retira todo o dinheiro pago.
A rentabilidade dessa modalidade é bastante baixa – muitas vezes próxima a zero – já que os recursos captados são usados para pagar os prêmios sorteados, a taxa do banco e só a terceira parcela vai para o ‘investimento’. Isso significa que se você não for sorteado, seu dinheiro ficará retido e provavelmente sem rendimento.
Ou seja, a dinâmica de um título de capitalização é bem diferente de uma aplicação financeira. Esta, além de não realizar sorteios, gera de fato rentabilidade ao investidor.
5. Consórcios
É preciso ter cuidado com consórcios, pois são apresentados como investimentos, mas estão longe disso. Na verdade, são uma modalidade de compra em que um grupo de pessoas ou empresas se une com a finalidade de juntar recursos para adquirir um bem.
Alternativa ao financiamento tradicional, o consórcio é gerido por uma administradora para a qual os consorciados devem pagar uma taxa – no geral, bem mais baixas que os juros de uma instituição bancária. No entanto, não há rendimento, que é uma das principais características de um investimento real.
6. Investimentos de ‘rentabilidade garantida’ acima de 0,30% ao mês
Se ouvir alguma casa de investimentos oferecendo rentabilidade garantida acima de 0,30% ao mês, fuja. É cilada. Na renda variável, é impossível assegurar uma rentabilidade fixa ao mês.
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Quando falamos de renda fixa pré-fixada, em que a rentabilidade é acordada na hora da compra do título, a dica é procurar corretoras de valores credenciadas à CVM.
“Mesmo assim, o máximo que você vai encontrar é 9% ao ano”, diz Arcuri. “Qualquer coisa que dobre seu dinheiro em menos de um ano é fraude”, explica.
Entre janeiro e maio de 2020, por exemplo, o número de denúncias de golpes no mercado de capitais cresceu 50%, em relação ao mesmo período de 2019.
Na maioria das vezes, trata-se do antigo esquema de Pirâmide Financeira, em que a vítima é convencida a dar uma quantia para entrar e a remuneração vem da indicação de terceiros. Normalmente, as promessas de ganho nesse tipo de golpe são muito altas e vendidas como ‘garantidas’. Por isso, todo cuidado é pouco.
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