- Índice FipeZAP calcula que rentabilidade média do aluguel residencial no Brasil foi de 5,96% ao ano
- Houve uma elevação de 1,12% nos preços de locação residencial em julho, avanço menor que no mês anterior
- Saiba quais são as cidades que tiveram as melhores rentabilidades e quais o aluguel subiu mais em julho
A demanda pela locação continua aquecida e pode ser uma opção de investimento para quem busca aplicações mais conservadoras. Em julho de 2024, o Índice FipeZAP calculou que a rentabilidade do aluguel residencial no Brasil teve uma média de 5,96% ao ano, baseado nos preços de apartamentos de 36 cidades. A vencedora deste mês não foi nenhuma capital, mas Santos, que garantiu retornos de quase 9% nos imóveis alugados.
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Para chegar a esse rental yield, o levantamento considerou a razão entre o preço médio de locação e o preço médio de venda. Ainda falando em termos de rentabilidade do aluguel, Manaus liderou o ranking entre as capitais brasileiras, com um retorno anual de 8,06%, seguida por Belém, com 7,81%, e São Luís, com 7,68%. No entanto, o relatório frisa que a taxa média nacional é inferior à rentabilidade projetada para outras aplicações financeiras de referência nos próximos 12 meses.
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Além disso, a depender do tipo de imóvel esse percentual também apresentou variações. Apartamentos com um dormitório foram os que proporcionaram maior retorno aos seus proprietários. A rentabilidade média do aluguel em julho foi de 6,68% ao ano. Por outro lado, imóveis maiores, com quatro ou mais dormitórios, tiveram um desempenho mais modesto, alcançando 4,67% ao ano. Isso reflete a dinâmica do mercado de locação, em que a demanda por imóveis menores pode estar mais aquecida, impulsionando os retornos para os investidores.
O Índice FipeZAP registrou uma elevação de 1,12% nos preços de aluguel em julho, desacelerando frente ao crescimento de 1,43% observado no mês anterior. Os apartamentos com dois dormitórios tiveram a maior valorização no período, com um aumento de 1,24%. Já os imóveis com quatro ou mais dormitórios apresentaram um crescimento de 0,89%.
Entre as capitais, Porto Alegre se destacou com o maior aumento mensal nos preços da locação residencial, registrando uma alta de 4,3%, seguida por Campo Grande, com 3,49%, e Salvador, com 2,42%. No entanto, nem todas as capitais seguiram essa tendência de alta. Em Teresina, Aracaju e São Luís, houve uma retração nos valores dos aluguéis, com quedas de 0,82%, 0,59% e 0,15%, respectivamente.
Comprar ou investir em imóveis?
Mas não são apenas os proprietários de imóveis que podem ter bons rendimentos no setor. É possível investir em Letra de Crédito Imobiliário (LCI), Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI) e a Letra Imobiliária Garantida (LIG). Paulo Castro, da SulAmerica Investimentos, indica a alocação de capital nessas modalidades.
“O investimento em crédito imobiliário pode ser acessado via fundos ou diretamente no ativo. O atual nível de juros está historicamente elevado e os investidores terão bons retornos de forma geral, além da isenção do imposto de renda para pessoas físicas”, aponta.
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Não por acaso, o índice mostra uma valorização de 14,6% no aluguel dos meses acumulados até julho. “Isso pode ser explicado pela taxa de juros elevada, que tem reduzido o poder de compra de imóveis e aumentando a demanda por locação. Se os juros ficarem estagnados nesse patamar, certamente o efeito vai refletir na demanda pelo aluguel, enquanto a compra de imóveis tenderá a cair”, afirma Alison Oliveira, coordenador do Índice Fipezap.