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
O vice-presidente financeiro do banco (CFO), Marco Geovanne Tobias, disse na última quinta-feira (20) que o Banco do Brasil (BBAS3) é “muito melhor que o Itaú (ITUB4)” por conta da entrega de dividendos e da capacidade de atuar em mercados que os pares privados não trabalham, como o agronegócio. O E-Investidor encomendou um levantamento da Elos Ayta para confirmar qual banco pagou mais dividendos nos últimos 15 anos. Os números de fato apontam que o Banco do Brasil é melhor que o Itaú, com uma vitória de 10 a 5.
Ou seja, nos últimos 15 anos, o dividend yield do Banco do Brasil (rendimento em dividendos) superou o do Itaú pelo dobro do tempo em que os proventos do Itaú superaram os do Banco do Brasil. De 2010 até 2015, foram seis anos de hegemonia do Banco do Brasil. O ano com a maior distância foi 2013, quando o rendimento em dividendos do Banco do Brasil foi de 9,27% e o do Itaú foi de 3,3%, uma distância de 5,97 pontos porcentuais.
No entanto, entre 2016 e 2020, os dividendos do Itaú passaram a liderar a disputa. A menor margem de distância do período foi em 2016, quando o rendimento em proventos do Itaú foi de 6,67% e o do Banco do Brasil foi de 6,19%. A diferença foi de somente 0,49 ponto porcentual. Já a maior diferença no período foi em 2018, quando os dividendos do Itaú chegaram a 7,51% de rendimento em relação ao valor da ação. No caso do Banco do Brasil, os proventos foram de 4,76% em relação ao valor de mercado da empresa.
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Após 5 anos de vitória e se aproximar do BB, o Itaú viu a diferença aumentar nos últimos 4 anos dessa disputa de dividend yield, o que deixou o placar final em 10 a 5. Em 2022, a distância foi a maior entre todos os anos, de 9,58 pontos porcentuais. Com os proventos do Banco Brasil em 14,44% do valor da ação e o Itaú pagando cerca de 4,86% do seu valor de mercado em dividendos. A vitória do BB com a menor distância foi no ano passado. Em 2024, o Banco do Brasil pagou 9,43% do seu valor de mercado em dividendos, enquanto o Itaú depositou 7,11%, uma diferença de 2,32%.
(Foto: Elos Ayta/Divulgação)
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Ou seja, o levantamento mostra que o rendimento em dividendos do Banco do Brasil (BBAS3) foi maior que o do Itaú durante anos. E analistas do mercado financeiro projetam que isso deve acontecer em 2025 novamente. No entanto, os especialistas ouvidos pelo E-Investidor preferem o Itaú pelo fato de o banco ter uma inadimplência mais controlada, o que, para eles, apresenta menos riscos — veja nesta reportagem. Nesse sentido, cabe ao investidor decidir se aceita uma maior rentabilidade com um risco um pouco elevado.