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- A principal moeda digital valia US$ 8,9 mil em março de 2020 e chegou à máxima histórica de US$ 64,7 mil.
- O bitcoin voltou a alcançar o valor de US$ 50 mil nesta segunda-feira, 21, pela primeira vez em três meses.
- Esta variação comum no mercado cripto traz dúvidas a investidores como, por exemplo, sobre a precificação dos ativos.
Os 18 meses de pandemia coincidem com um período em que as criptomoedas se tornaram presentes nos assuntos de investimentos, principalmente pela valorização exponencial vista no bitcoin. A principal moeda digital valia US$ 8,9 mil em março de 2020 e chegou à máxima histórica de US$ 64,7 mil.
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“O mundo digital como um todo ganhou um lugar na sociedade que não tinha antes da pandemia. Cripto fez parte disso”, afirmou o CEO da gestora cripto Hashdex, Marcelo Sampaio, em painel da Expert XP. “O bitcoin convidou muito mais gente a olhar pra esse mundo”. diz.
Presente no mesmo painel, Reinaldo Rabelo, CEO da corretora de criptoativos Mercado Bitcoin, observou que as pessoas passaram muito mais tempo online. Além disso, os esforços para manter a economia global injetou muito dinheiro no mundo e isso também afetou o preço do bitcoin.
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O bitcoin voltou a alcançar o valor de US$ 50 mil nesta segunda-feira, 21, pela primeira vez em três meses. “O bitcoin já ‘morreu’ diversas vezes, mas está aí de volta”, disse Sampaio. “Tem essas oscilações tremendas, mas o fundamento continua”. Rabelo complementou que o mercado ainda é pequeno, então os movimentos ocorrem com grande intensidade em reação a cada notícia.
Esta variação comum no mercado cripto traz dúvidas a investidores como, por exemplo, sobre a precificação dos ativos. Sampaio frisa que valuation é consenso, é uma forma amplamente aceita para atribuir o valor e diz que criptomoedas ainda não tem este consenso, aponta o CEO da Hashdex. “Existem diversos modelos interessantes para o bitcoin, mas ainda não há o que foi amplamente adotado.”
Regulação
Em relação às desconfianças sobre o uso de criptomoedas em crimes e fraudes, Sampaio afirma que esta finalidade é ínfima, e que estudos apontam que somente 0,52% das transações não podem ser verificadas. “Sobre regulação, quando se colocam boas regras, é uma boa notícia”, diz.
Também com uma visão positiva sobre os processos de regulamentação, Rabelo lembra que desde 2018 existe no Brasil normas para que as corretoras cripto enviem informações para a Receita Federal. Nesse ponto, a legislação nos Estados Unidos que está se desenvolvendo se inspira na brasileira, diz Rabelo.
NFT
O valor das obras de arte são atribuídos por vários motivos, dentre eles pelo caráter único de cada obra. Por isso o campo é uma aplicação dos NFTs (sigla em inglês para token não-fungível). Essa é uma tecnologia criada com a mesma estrutura que deu origem às criptomoedas e que permite que qualquer arquivo digital seja único e inviolável.
Da mesma forma que obras de arte digitais, o setor imobiliário teria muitas aplicações para os NFTs, apontam Sampaio e Rabelo. Todos os mercados que exigem uma garantia de autenticidade verá uma evolução com o NFT, como a emissão de qualquer tipo de certificado – de ingressos de eventos à ativos financeiros. “Os NFTs poderão acabar com os cartórios”, diz Sampaio.
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