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Segundo o Banco Central, o ambiente externo ainda se mantém incerto em função da conjuntura e da política econômica nos Estados Unidos, com reflexos nas condições financeiras globais. Tal cenário exige particular cautela por parte de países emergentes em ambiente marcado por tensão geopolítica.
Em relação ao ambiente doméstico, o conjunto dos indicadores continua apresentando trajetória de moderação no crescimento da atividade econômica, enquanto o mercado de trabalho ainda mostra dinamismo.
“O Comitê segue acompanhando os anúncios referentes à imposição de tarifas comerciais pelos EUA ao Brasil, e como os desenvolvimentos da política fiscal doméstica impactam a política monetária e os ativos financeiros, reforçando a postura de cautela em cenário de maior incerteza”, destacou o comunicado.
No texto, o Copom ressaltou que ambiente exige uma política monetária em patamar significativamente contracionista por “período bastante prolongado”. Enfatizou ainda que os passos futuros em relação aos juros poderão ser ajustados e que não hesitará em retomar o ciclo de ajuste caso julgue apropriado.
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Para o mercado, o comunicado veio em tom duro e similar ao dos textos das reuniões anteriores, sem indicar flexibilizações na condução da Selic. Veja as primeiras impressões sobre a decisão do Copom:
O comunicado do Copom não sinaliza nada com relação aos próximos passos da política monetária, praticamente eliminando a chance de queda da taxa Selic em dezembro. Como já tínhamos sinalizado em setembro, a gestão de Gabriel Galípolo no Banco Central é a mais hawkish (dura) desde 2016. Com isso, mantemos a expectativa de início de ciclo de afrouxamento monetário a partir da primeira reunião do BC de 2026.
Classificamos o comunicado como neutro para dovish (menos duro), e aguardamos maiores informações na ata para definir o novo mês que passamos a projetar o início do ciclo de cortes. A frase adicionada que trouxe esse tom para o texto foi uma avaliação de que a inflação e as medidas subjacentes “apresentaram algum arrefecimento”. Como foi praticamente uma alteração isolada, a frase passa uma mensagem de potencial esmorecimento da rigidez da política monetária.
A expressão por “período bastante prolongado” seguiu. Isso não deixa de ser uma surpresa, uma vez que a expectativa era que o “bastante” saísse e, com isso, abrisse uma brecha para que a redução da taxa de juros passasse de março para janeiro. Não deve ser o caso, as apostas agora devem se concentrar em março.
O BC seguiu no mesmo tom dos outros comunicados e não trouxe nenhuma projeção relevante, apenas disse que seguirá atento. Acho que o grande ponto é que, pelo modelo da autarquia, a projeção de inflação para o segundo trimestre de 2027, atual horizonte relevante de política monetária, passou a situar-se em 3,3%, mais próxima do centro da meta.
Como já era esperado pelo mercado, o Copom manteve a taxa de juros em 15% ao ano e apresentou um tom duro no comunicado, algo que o mercado também já antecipava. O cenário fiscal difícil, com gastos públicos elevados em período pré-eleitoral, e a falta de acordo entre Executivo e Legislativo, reforçam essa postura. O Copom adotou um tom hawkish, guiado por expectativas de inflação desancoradas, principalmente devido ao ambiente fiscal. Além disso, há incertezas internas elevadas com as eleições se aproximando.
Em resumo, a mensagem foi de continuidade, prudência e vigilância, priorizando estabilidade e credibilidade da política monetária. O BC destacou os riscos para a inflação ainda altos – em especial, a resistência da inflação de serviços, resultante de uma atividade ainda firme.
O comunicado foi bastante consistente com o teor da reunião anterior, sinalizando a manutenção de uma política monetária relativamente bastante contracionista. O equilíbrio de riscos foi mantido idêntico ao da reunião passada, ponderando, de um lado, a chance de uma inflação maior que a esperada e, de outro, a de uma queda da inflação superior às projeções.
A decisão confirma mais uma vez as sinalizações recentes e reforça o compromisso da autoridade monetária com a convergência da inflação à meta no horizonte relevante, diante de um cenário ainda marcado por incertezas internacionais e domésticas, especialmente fiscais e políticas.
O comunicado manteve um tom mais hawkish. Diante das incertezas fiscais e da contínua desancoragem das expectativas de inflação, apesar de alguns dados recentes mais favoráveis, aumentam as probabilidades de início de um ciclo de cortes apenas no segundo trimestre de 2026.
O BC manteve o tom duro quando muitos já estavam imaginando uma sinalização um pouco mais tranquila. A Bolsa deve sofrer um pouco na próxima sessão e passar por realização. Como não aconteceu o esperado, os mercados vão começar um pouco mais tensos na quinta-feira (6).
O comunicado pode ser interpretado como ligeiramente hawkish pelo mercado, mas neutro em relação à visão majoritária dos economistas. O BC manteve o discurso cauteloso e comprometido com a meta, reconhecendo a melhora recente da inflação, mas destacando que ela segue acima do objetivo. A barra para cortes em janeiro ficou um pouco mais alta, mas ainda há tempo até lá. Mantemos nossa projeção de início do ciclo de redução da Selic em março de 2026.
No comunicado que acompanhou a decisão, o Comitê reconheceu sinais de desaceleração tanto na inflação cheia quanto nas medidas subjacentes. Apesar disso, manteve um tom austero, reiterando a intenção de manter a taxa no nível atual por um período prolongado.
No comunicado, houve pouca mudança, com uma maior confiança na atual estratégia, mas mantendo o tom duro e indicando a manutenção da taxa no atual patamar por “período bastante prolongado”.
Projetamos que o início dos cortes na Selic deve ocorrer a partir de janeiro de 2026. O risco permanece sendo o impacto da expansão fiscal para o próximo ano – principalmente o reaquecimento da demanda doméstica com o aumento da isenção de Imposto de Renda (IR) a partir de janeiro, além de novas iniciativas de gastos fiscais devido ao ano eleitoral.
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