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- Investidores brasileiros podem aplicar recursos em empresas de saneamento, fundos de investimento ou fundos temáticos que replicam ETFs estrangeiros
- Água pode ser uma boa estratégia de diversificação, que tende a valorizar acima da média no futuro
- Também é possível comprar contratos futuros de água negociados na Nasdaq, mas é preciso cautela
O consumo de água doce tem aumentado em média 1% ao ano, de acordo com a ONU, e a escassez hídrica é pauta na agenda mundial. Com a elevação da demanda e a diminuição na oferta, o resultado é evidente: a água vai ficar mais cara e se tornará uma oportunidade de investimento.
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A água tem contratos futuros negociados na Nasdaq e no Brasil há fundos de investimentos que permitem alocar recursos em empresas globais que atuam na preservação e fornecimento de recusos hídricos.
Para Pablo Carpejani, economista e coordenador do curso de sustentabilidade empresarial da PUC-PR, o mercado de água ainda é incipiente e investir agora pode ser um diferencial. “Hoje a água ainda é uma aposta no mercado de capitais, mas esta é uma excelente opção de diversificação. Com o aumento da demanda em um futuro próximo, o valor desse fundo ou ação tende a valorizar acima da média”, analisa.
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Quem quiser aplicar seus recursos em água tem hoje a opção de comprar ações de empresas de saneamento, fundos de investimento voltados à água ou fundos temáticos que replicam ETFs (Exchange Traded Fund) negociados no exterior.
Carpejani pontua que investir em empresas que se relacionam bem com a commodity ou que demonstram preocupação com os recursos hídricos também pode ser uma boa opção. Na esteira ESG essas instituições tendem a ser mais valorizadas.
“E não só pela rentabilidade: ao investir em água a pessoa física o cidadão está aplicando recurso em algo que será utilizado para garantir o acesso à água potável”, explica o economista.
Os fundos de investimento em água são uma boa forma para começar a investir, porque são menos voláteis do que contratos futuros, por exemplo, e funcionam com uma rentabilidade semelhante ao praticado no mercado. O BNP Paribas Asset Management oferta, desde 2008, um fundo que aplica recursos em 49 ações internacionais, destinadas a companhias de saneamento, infraestrutura e serviços, priorizando atividades como descontaminação, reciclagem e transporte.
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De acordo com Henri Rysman de Lockerente, portfólio manager da BNP Paribas Asset Management, o fundo vem atraindo novos investidores nos últimos anos. De acordo com os dados mais recentes, do fim de fevereiro de 2022, o fundo tinha 3,4 bilhões de euros sob gestão e rendeu, nos últimos cinco anos, 13,13% ao ano, contra 9,91% para o MSCI World (NR) EUR, seu índice de referência.
O investidor brasileiro também pode se aventurar nos contratos futuros negociados na Nasdaq. Os direitos de uso são negociados de acordo com o sistema de medida americano “acre-pie”, e são indexados ao índice Água Nasdaq Veles Califórnia (NQH2O). Para investir, porém, é preciso ter conta em corretora internacional e estar atento aos riscos elevados do setor.
Jean Melo, sócio do Ações Garantem o Futuro (AGF), também defende que pessoas físicas invistam sempre com pensamento sustentável. Ele pontua que, hoje, investir em empresas de saneamento como Copasa (CSMG3), Sabesp (SBSP3) ou Sanepar (SAPR3) é aplicar recurso em compromisso social. “As empresas têm metas claras de implantar um esgotamento sanitário adequado, gestão de resíduos sólidos e manejo das águas pluviais, o que contribui diretamente para a preservação da natureza”.