O dólar tem potencial de subir até 5% ao longo deste ano, segundo as projeções do Goldman Sachs, em relatório divulgado na última sexta-feira (10). A estimativa do banco se baseia no crescimento econômico resiliente dos Estados Unidos (EUA), mercado de trabalho ainda aquecido e a possibilidade de criação de novas tarifas comerciais durante o governo de Donald Trump.
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Segundo o banco de investimento, a combinação desses fatores tem potencial de acelerar a inflação no país ao passo de obrigar o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) a suspender o ciclo de queda de juros nos próximos meses. “A inflação e os resultados do mercado de trabalho levaram os nossos economistas a realizarem duas revisões em sua trajetória política para o Fed no último mês. Agora, eles esperam mais uma pausa (no ciclo de queda de juros) do que uma mudança na política monetária”, informou o Goldman Sachs.
Essa possível pausa no ciclo de afrouxamento monetário nas próximas reuniões tende a criar um cenário mais favorável para o fortalecimento da moeda norte-americana. Vale lembrar que, na última semana, o relatório Job Openings and Labor Turnover Survey (Jolts) mostrou que o número de vagas abertas de trabalho no mercado americano subiu para 8 milhões em novembro do ano passado. O volume veio acima do esperado por analistas que previam 7,7 milhões de posições não preenchidas, segundo informações da agência Reuters.
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Já na sexta-feira (10), foi a vez de outro dado de emprego consolidar a cautela dos investidores: o payroll. Conhecido por ser uma das principais métricas utilizadas pelo Fed para decidir sobre o futuro dos juros no país, o relatório registrou a criação de 256 mil empregos em dezembro de 2024, enquanto as expectativas dos analistas consultados pelo Broadcast apontavam para algo em torno de 120 mil a 200 mil vagas.
Por volta das 15h (horário de Brasília), o dólar opera com uma desvalorização de 0,19% em relação ao real, sendo cotado a R$ 6,09.