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Investimentos

The Economist: Empresas de tecnologia entram para a realeza dos dividendos

Microsoft pode tomar a coroa da Shell como a companhia mais pródiga nessa forma de distribuição de lucros

Por E-Investidor

14/08/2020 | 22:47 Atualização: 19/10/2020 | 7:32

(Foto: Ritchie B. Tongo/EFE)
(Foto: Ritchie B. Tongo/EFE)

(The Economist) – No mundo agressivo dos negócios, os dividendos pagos pelas empresas aos acionistas costumam ser vistos como um assunto sem sal. Ao contrário dos preços das ações, os dividendos não fazem o coração bater mais rápido. Reza a teoria das finanças corporativas que eles são praticamente irrelevantes para avaliar o valor da companhia e a riqueza gerada para os donos dos papéis – assim como sacar dinheiro num caixa eletrônico não torna ninguém um milionário.

Leia mais:
  • As 45 ações que pagaram dividendos acima da Selic em 2020
  • As empresas que pagaram mais dividendos na crise da covid-19
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Alguns contadores resmungam que dividendos podem até aumentar a mordida do imposto de renda. E os céticos dão de ombros: para eles, esses pagamentos não passam de um cala-boca para que os acionistas não encham a paciência. Ao longo das últimas décadas, os dividendos distribuídos por empresas americanas têm ficado à sombra da prática bem mais polêmica de recompra de ações.

Mas para os historiadores dos negócios, esse lucro pago pelas companhias tem uma história dramática e novelesca. O berço espiritual dos dividendos é a Europa, onde eles surgiram para dividir o butim do monopólio marítimo de holandeses e britânicos no século 17. Nos dois lados do Atlântico, a prática foi acelerada pelo avanço vertiginoso das ferrovias no século 19 – com frequência através de esquemas nefastos, que criavam um fluxo de pagamentos para ludibriar investidores inexperientes e ingênuos.

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Nos frenéticos anos 20, dividendos generosos alimentaram a quebra da bolsa em 1929. Depois da Depressão, porém, eles passaram a ser considerados a melhor maneira de restaurar a fé dos investidores. Do ponto de vista psicológico, trata-se de um mecanismo curioso. A promessa de dinheiro na mão cria um elo entre gestores corporativos e investidores, que muitos consideram mais confiável do que os demonstrativos financeiros. Um inofensivo cheque de dividendos pode conter informações extremamente interessantes – e com frequência ignoradas.

Durante a pandemia, as histórias narradas por esse método de distribuição de lucros – à medida que os pagamentos chegavam (ou não) à conta dos acionistas – serviram para aumentar a angústia de investidores quarentenados. Sobretudo na Europa, o surto de corte nos dividendos mostrou que muitas empresas de sangue azul estavam mal das pernas.

A Royal Dutch Shell e a BP, dois gigantes petrolíferos do continente, ficaram de joelhos diante do inevitável colapso nos preços do barril e esquartejaram seus dividendos. Além disso, seguradoras e bancos europeus – esteios de tantos fundos de pensão sedentos por receita – suspenderam a distribuição de pagamentos diante da pressão das autoridades reguladoras do mercado. O recado é inequívoco: o mundo corporativo europeu é frágil, e está em declínio.

Nos Estados Unidos o cenário é outro. Lá, as empresas tendem a preferir a recompra de ações. Um exemplo: em 2019, as maiores empresas americanas distribuíram em média 41% de lucros na forma de dividendos, quando na Europa essa fatia foi de 66%. Já a recompra de ações foi de 59% nos Estados Unidos e de 23% na Europa.

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Um motivo para a preferência dos americanos é que, do ponto de vista fiscal, a recompra de ações é um jeito mais eficiente de devolver dinheiro aos investidores, quando comparado aos dividendos. Por isso, muitos críticos afirmam que a voracidade de recompras nos Estados Unidos beira a irracionalidade. Mas o ano de 2020 demonstrou a grande vantagem desse tipo de pagamento: ele é mais flexível. Diante da desaceleração econômica, grandes companhias reduziram o ritmo de recompras para proteger seus recursos.

E o que aconteceu com os dividendos americanos nesse mesmo período? À semelhança da Europa, antes da pandemia os chamados “aristocratas dos dividendos” – aqueles que contribuíram para aumentar dividendos por vários anos consecutivos – viviam além de suas posses e empanturravam os acionistas com pagamentos superiores aos próprios lucros.

Essa família de empresas inclui ExxonMobil e a AT&T. O risco é que seus chefes enxerguem nos cortes de dividendos uma porta para o suicídio profissional, e acabem prejudicando o balanço das companhias numa tentativa de driblar essa medida. Foi mais ou menos isso o que fez a GE nos anos finais da gestão de Jeff Immelt, que deixou a gigante em 2017.

No entanto, de maneira geral os dividendos americanos têm pintando um retrato de resiliência do mercado corporativo. De acordo com a empresa de investimentos Janus Henderson, houve um aumento nesses valores na América do Norte (incluindo Canadá) no segundo trimestre de 2020, em relação ao mesmo período de 2019.

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A maioria das grandes instituições financeiras conseguiu manter a distribuição, mesmo diante da insistência das autoridades reguladoras para que elas tenham reservas e se protejam de uma possível onda de inadimplência (a exceção é o Wells Fargo).

A tendência se encaixa no padrão de longo prazo que mostra a força americana: entre 2013 e 2019, o valor dos dividendos das grandes empresas subiu de US$ 342 bilhões para US$ 535 bilhões, num crescimento três vezes mais rápido que o registrado na Europa.

Esse aumento reflete a crescente generosidade de um grupo de companhias americanas que até recentemente desprezava os dividendos com o mesmo desdém que reserva a ternos e gravatas: as empresas de tecnologia.

Na terra da recompra, por mais estranho que pareça, as chamadas Big Tech estão galgando degraus nas fileiras da realeza mundial dos dividendos, graças a fluxos de caixa pródigos e em rápida ascensão. Desde 2016, mesmo com distribuições baixas quando comparadas ao lucro, Apple e Microsoft têm se mantido entre as cinco maiores pagadoras globais de dividendos em termos absolutos – ao lado de Shell, da rival americana ExxonMobil e da AT&T.

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Agora, a pandemia pode transformar em realidade uma situação até pouco tempo impensável: a Microsoft tem grandes chances de tomar a coroa da Shell como maior distribuidora de dividendos do mundo entre as empresas negociadas em bolsa (exceto pela Saudi Aramco, colosso petrolífero estatal do reino do Golfo Pérsico).

Quando a onda de coronavírus baixar, a movimentação de recompra de ações deve voltar a ganhar fôlego nos Estados Unidos. Mesmo assim, o aumento nos dividendos pode prosseguir. E talvez os grandes pagadores passem a desembolsar ainda mais: os US$ 15 bilhões de dividendos da Microsoft para o ano fiscal que terminou em junho não chegam nem a um terço dos US$ 44 bilhões de lucro líquido da empresa.

Mesmo depois de uma recompra de US$ 23 bilhões ainda havia dinheiro sobrando. Na Apple, a situação é igualmente invejável.

Da miséria à monarquia

Outras empresas americanas abastadas podem entrar para as fileiras da elite dos dividendos, se assim desejarem. Entre elas estão outras Big Techs como Alphabet, Amazon e Facebook, além da Berkshire Hathaway – o titã de Warren Buffett. Nenhuma delas paga dividendos.

No admirável mundo novo de taxas de juro próximas de zero, a promessa de pagamentos regulares desse tipo (mesmo que relativamente baixos) é cada vez mais atraente para os investidores, que podem pressionar gestores sovinas a aumentar os valores distribuídos.

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As empresas de tecnologia temem que a estratégia as deixe com cara de velhas. Microsoft e Apple já demonstraram que distribuir dividendos não é contrário a suas ambições corporativas – pelo menos não quando se ganha um dinheirão, coisa que Alphabet, Amazon e Facebook têm de sobra.

Diante do desespero dos investidores por retorno, cedo ou tarde essas marcas podem se ver diante de uma exigência inexorável para se juntarem à realeza dos dividendos. Que seu reinado seja longo.

(Tradução: Beatriz Velloso)

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