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- Do ponto de vista de quem planeja investir obedecendo os filtros ESG, um entrave é a qualidade dos dados das empresas e dos gestores de fundo
- A discussão e a governança em questões ambientais e sociais estão em diferentes níveis de evolução comparando a Europa, onde já existem 'normas' para as empresas, com América Latina e Ásia
Por Karla Spotorno – O maior desafio do universo ESG (sigla para critérios ambiental, social e de governança) é quebrar um preconceito: o de que esse tipo de investimento não gera retorno. O alerta partiu de Daniel Izzo, sócio-fundador da Vox Capital, em painel do Tag Summit 2022, evento em São Paulo. Esse preconceito foi relatado na semana passada pela presidente da Blackrock no Brasil, Karina Saade. “É preciso pegar os dados que mostram que é uma boa decisão de investimento”, disse Izzo.
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Também presente no painel, Hilde Jennsen, da Nordea Asset Management, relatou que um desafio grande da gestora escandinava é explicar a exposição a empresas que não têm as melhores práticas ESG do mundo ou, no jargão em inglês, que não são “best in class” dos setores.
Jennsen pontua que a discussão e a governança em questões ambientais e sociais estão em diferentes níveis de evolução comparando a Europa, onde os reguladores já criaram e impuseram normativos para as empresas, com América Latina e Ásia. “Vemos diferentes estágio”, diz a executiva da Nordea, que tem investe e engaja com as empresas com o propósito de participar da evolução do negócio sob os critérios ESG.
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Do ponto de vista de quem planeja investir obedecendo os filtros ESG, um entrave é a qualidade dos dados das empresas e dos gestores de fundo aos quais um investidor institucional tem acesso, segundo Alessandra Cardoso, consultora independente e mediadora do painel. Cardoso, que trabalhou em um fundo de pensão na Inglaterra, destaca que essa pode ser uma dificuldade real, especialmente, dos institucionais que precisam reportar detalhadamente os investimentos.