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Gestoras passam a ‘zerar’ aportes iniciais para investimentos a partir de R$ 1

Órama mexeu no mínimo de 10 fundos próprios

Gestoras passam a ‘zerar’ aportes iniciais para investimentos a partir de R$ 1
Foto: Pixabay
  • Investidores começam a ter opções mais baratas no mercado de fundos de investimento
  • Órama mexeu em alguns dos fundos de sua base
  • Gestora indica que investidores olhem para os seus portfólios para adequá-los ao mês de maio

A prática de “zerar” ou de reduzir significativamente o valor de aportes iniciais começou a ser adotada por grandes gestores do mercado nacional. Nesta semana, a Órama, de Selmo Nissenbaum e Habib Nascif Neto, mexeu no mínimo de 10 fundos próprios. Antes, as gestoras de Itaú e Caixa Econômica Federal fizeram o mesmo movimento em diversos fundos com tíquetes de R$ 1 ou R$ 0,01 de entrada.

Com 465 carteiras listadas de 225 gestores parceiros, os fundos que tiveram seus aportes iniciais modificados pela gestora foram: Órama Ouro, Órama Bolsa, Órama BTG Pactual Hedge Plus, Órama Corporate, Órama Debêntures, Órama Ações, Órama Inflação, Órama Gávea Macro, Órama DI, Órama JGP Equity.

Para a gestora, o mês de maio começa com sinal de volatilidade nos mercados, tanto no cenário internacional (tensão entre EUA e China) como no ambiente doméstico (crise política), depois de uma reação de 10,45% do Ibovespa em abril e com algum ganho positivo na maioria dos multimercados e em carteiras conservadoras de renda fixa. Por isso, os investidores devem olhar para os seus portfólios e adequá-los, principalmente os de perfil conservador.

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“Os juros estão baixos e vão cair mais. Mas a inflação está baixa e também pode cair ainda mais. Mesmo para o investidor de perfil conservador, uma fatia pequena em ações ou em fundos de ações, entre 1% e até 5%, pode ser interessante, ou a rentabilidade (final) vai ser muito ruim”, diz Sandra Blanco, estrategista-chefe da Órama Investimentos.

Arrojados e moderados

Para investidores de perfil mais arrojado, que estavam muito carregados em ações antes da crise, a volatilidade foi sentida. Sandra destaca a proteção das carteiras. “Um parcela pequena num fundo como Órama Ouro ajuda. Já para quem é moderado, a renda fixa serve de colchão de amortecimento”, afirma ela.

Segundo dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), a gestora da Órama registrou captação líquida de R$ 67,25 milhões em março, acumulando aportes R$ 114,31 milhões no primeiro trimestre de 2020 e de R$ 372,69 milhões em 12 meses.  O patrimônio líquido sob gestão pela Órama é de R$ 640,33 milhões.

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