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- O Pátria está captando um novo fundo de private equity de US$ 3,5 bilhões e testando pela primeira vez o apetite do investidor brasileiro do varejo de alta renda
- Quando começou a discutir a distribuição junto à XP, em maio, o Pátria imaginava que poderia captar cerca de R$ 300 milhões observando outros fundos de private equity distribuídos pela plataforma. O fundo foi lançado no início de agosto com pretensão de captar R$ 650 milhões e acabou fechando em R$ 1 bilhão
O Pátria está captando um novo fundo de private equity de US$ 3,5 bilhões e testando pela primeira vez o apetite do investidor brasileiro do varejo de alta renda. A gestora levantou R$ 1 bilhão por meio da plataforma da XP, onde os clientes classificados como qualificados (que têm mais de R$ 1 milhão em patrimônio financeiro) assinaram cheques mínimos de R$ 10 mil para compartilhar a estratégia de alocação de uma das casas mais tradicionais em empresas brasileiras de capital fechado.
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“Entendemos que temos possibilidade de crescimento mais acelerado junto ao investidor brasileiro do que o estrangeiro, onde já estamos consolidados”, disse o sócio e Head de Marketing e Produtos do Pátria Investimentos, José Augusto Teixeira. A gestora tem 95% de seus clientes entre investidores estrangeiros e, segundo ele, com o amadurecimento do investidor local, “chegou a vez dos alternativos e dos private equities” entrarem na carteira dos brasileiros.
O Pátria vem fazendo essa aproximação junto ao investidor brasileiro nos últimos dois anos, com a introdução de produtos mais simples, também por meio da plataforma XP, como fundos imobiliários focados em ativos de logística e fundo de infraestrutura focado em energia. “Chegamos à conclusão de que estava no momento de oferecer o carro-chefe e nosso produto mais antigo e bem-sucedido”, destacou.
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A gestora também destacou além de Teixeira, o sócio e country manager Daniel Sorrentino, para se dedicarem ao Brasil, e ampliou de duas para 10 a equipe de atendimento exclusivo ao cliente brasileiro em dois anos. De acordo com Teixeira, em 2023 esse time chega a 15 profissionais. “Conversar com o CEO de um fundo soberano da Ásia é diferente de conversar com um investidor brasileiro”, observou.
A oferta junto aos brasileiros foi muito bem-sucedida, segundo Teixeira. Quando começou a discutir a distribuição junto à XP, em maio, o Pátria imaginava que poderia captar cerca de R$ 300 milhões observando outros fundos de private equity distribuídos pela plataforma. O fundo foi lançado no início de agosto com pretensão de captar R$ 650 milhões e acabou fechando em R$ 1 bilhão.
“Fomos surpreendidos”, disse. Para ele, a explicação está no fato de que os investidores da XP atraídos pelo fundo são empresários, executivos ou profissionais liberais que se interessam pelas teses de alocação da gestora. “Olhamos para tendências menos arriscadas dentro dos setores que tradicionalmente investimos”, disse citando como exemplo o envelhecimento populacional e redução de custos ao adquirir uma participação em empresa de saúde.
Na carteira de investimentos do Pátria já passaram empresas que se tornaram relevantes em seus respectivos setores, líderes em consolidações, como a de educação Anhanguera e as de saúde Dasa e Alliar.
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Esforço externo
Considerando a fatia colocada na XP, e captações feitas na Ásia, Oriente Médio e Estados Unidos, o Pátria já levantou um terço dos US$ 3,5 bilhões. A expectativa é que o restante seja levantado em 2023.
Historicamente, o Pátria tem 50% dos recursos captados junto a investidores norte-americanos. Esta é a sétima safra de captações feitas pela gestora para investimentos em private equity. O fundo anterior de US$ 2,7 bilhões foi captado em 2018 e tem todos os seus recursos comprometidos.
Para Teixeira, os eventos geopolíticos devem favorecer a América Latina e, ao mesmo tempo, os macroeconômicos são pouco relacionados com as teses de alocação da casa. Uma discussão em andamento no exterior que pode afetar a região é a direção do juro norte-americano, segundo ele.
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