A postergação do pagamento dos custos operacionais do FII surgiu em meio a mobilização dos cotistas em alterar a forma como as taxas de consultoria são calculadas. Hoje, os custos são baseados no valor patrimonial (VP) das cotas, enquanto a proposta dos investidores busca alterar essa base de cálculo para o valor de mercado (VM) do RECT11. Segundo o movimento, intitulado “Queremos mudanças no RECT11”, a alteração do indexador das taxas pode reduzir em 65% o custo operacional do fundo imobiliário e pode incrementar em 17% o valor dos rendimentos, o que representa R$ 0,05 por cota aos investidores.
Frederico Arnoldi, um dos organizadores da campanha, diz que o comunicado sinalizou uma abertura de diálogo entre os cotistas e os gestores, mas ainda não atendeu os objetivos da proposta. “Não estamos buscando um corte de custos. A nossa proposta é alterar a base de cálculo das taxas operacionais”, informou Arnoldi em entrevista ao E-Investidor (saiba mais nesta reportagem). Com a mudança, o organizador do movimento diz que pretende se reunir com os cotistas no início de maio para decidir se segirão em frente com a proposta. No pregão de sexta-feira (25), as cotas do REC Renda Imobiliária (RECT11) encerraram o dia com uma alta de 3,57%, sendo negociadas a R$ 31,91.