O mercado de renda fixa brasileiro está voltando ao centro das atenções. Em muito isso se deve ao fim do ciclo de cortes na taxa básica de juros brasileira, a Selic. Em 10,5% ao ano, e sem sinal aparente de uma retomada dos cortes, a taxa faz com que a remuneração desses títulos se tornem mais atrativa.
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Mas olhar para o retorno final de uma aplicação em renda fixa não é o bastante na hora de tomar decisões responsáveis. Essa é uma das razões que se recomenda a busca por orientação de profissionais das finanças antes de sair comprando ativos.
Muitos produtos podem parecer (e de fato ser) atraentes em um primeiro momento. No entanto, se não forem consideradas as condições para liquidar o papel, o investidor pode acabar tendo prejuízos. No caso, “liquidar” significa vender o título de renda fixa.
Ativos como o Certificado de Depósito Bancário (CDB) e a Letra de Crédito Imobiliário (LCI), por exemplo, apresentam condições diferentes para quem precisa vende-los antes do prazo estipulado. Não apenas diferenças entre esses dois produtos, mas também entre as modalidades em que eles são negociados no mercado financeiro.
Renda fixa pré e pós-fixada
Tanto o CDB quanto a LCI podem ser encontrados nos formatos prefixados e pós-fixados. Via de regra, o CDB prefixado prevê resgate no vencimento (e remunera melhor por isso). Isso significa que o titular desse CDB precisaria recorrer ao mercado secundário para se desfazer dele, estando sujeito às condições do momento e ao valor de mercado daquele ativo.
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Já o CDB pós-fixado pode ser encontrado, frequentemente, em bancos e corretoras com liquidez diária. De maneira geral, essa é a condição dos títulos de renda fixa pós-fixados, mas quase sempre essa característica está precificada de antemão, oferecendo rentabilidade inferior.
Mesmo assim, as condições vigentes acabam influenciando na venda do papel: se a inflação variar mais que o previsto ou a taxa de juros fizer um movimento inesperado, o risco de perdas é real. O mais importante é se planejar para cumprir o acordo firmado com instituição financeira contratada.
No caso da LCI, o mais comum é que esse produto seja oferecido por instituições com uma carência. Isto é, um prazo mínimo pelo qual o papel não pode ser vendido. Via de regra, a carência para esses ativos de renda fixa é de um ano. Transcorrido o prazo, a LCI passa a ter liquidez diária, na maioria dos casos.
Portanto, é essencial entender como cada título de renda fixa funciona, a fim de mitigar os riscos de prejuízo. A forma mais recomendada é a busca por profissionais do ramo das finanças. Um assessor ou consultor pode ajudar no planejamento de médio e longo prazo, apresentando opções que melhor se adequam às necessidades do cliente.