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- O Copom realizou um novo corte na taxa básica de juros, que está agora a 11,75% ao ano, no mesmo patamar de março de 2022.
- Os títulos do Tesouro Selic terão seus rendimentos afetados pela decisão, já que a rentabilidade está indexada à taxa de juros.
- Especialistas apontam que, mesmo com o corte, esses títulos ainda oferecem bons retornos em relação à inflação.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) realizou nesta quarta-feira (13) um novo corte de 0,5 ponto porcentual na Selic, reduzindo a taxa básica de juros de 12,25% para 11,75% ao ano. O reajuste ocorre em linha com o que o mercado esperava e levou a Selic ao mesmo patamar de março de 2022. Com a medida, investimentos que são corrigidos pela taxa passarão a render menos. Entre eles, o Tesouro Selic.
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O título oferece uma rentabilidade anual equivalente à taxa básica de juros mais um porcentual de ganhos reais. Há atualmente duas opções de títulos do Tesouro indexados pela Selic, com dois prazos diferentes: 2026 e 2029. O primeiro paga a taxa + 0,0432% ao ano, e o segundo oferece a taxa + 0,1630% ao ano.
Apesar dos vencimentos, essas aplicações possuem liquidez, pois o investidor consegue resgatar o dinheiro antes do prazo sem perdas. É o oposto do que acontece com os papéis indexados pela inflação, por exemplo, em que há marcação a mercado, e o investidor que decidir sacar antes do vencimento fica sujeito às cotações dos títulos naquele dia.
- Confira também: Resultado do IPCA exige revisão da carteira de investimentos
Para especialistas, o Tesouro Selic continua sendo uma opção que oferece bons rendimentos, mesmo após os cortes na taxa de juros. José Carlos de Souza Filho, professor de Finanças da FIA Business School, afirma que a Selic a 11,75% ainda está bem acima da inflação, que acumula alta de 4,04% em 2023 até novembro, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Para que servem?
Com isso, os investimentos nos títulos indexados pela taxa básica de juros continuam pagando ganhos reais de mais de 7%. “Mesmo com a queda da taxa de juros e considerando o Imposto de Renda (IR) sobre os rendimentos, os títulos do Tesouro Selic continuam sendo um ótimo investimento. Além da rentabilidade atrativa, também oferecem liquidez e segurança, pois são garantidos pelo Tesouro Nacional”, explica o professor.
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Planejadora financeira do C6 Bank, Larissa Frias acrescenta que os títulos do Tesouro Direto são recomendados para quem deseja formar a reserva de emergência. Isto é, uma espécie de reserva financeira para ser usada em imprevistos.
“Para o sentido de curto prazo, a parte mais conservadora do portfólio, o Tesouro Selic que acompanha naturalmente a taxa básica de juros, acaba sendo uma opção. E um título emitido pelo governo federal com risco de crédito zero é sempre bem vindo ao portfólio”, ressalta a especialista.
O C6 fez uma simulação para a rentabilidade do Tesouro Selic 2026 considerando o novo patamar da taxa Selic e o impacto no DI Futuro.
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