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Tesouro Direto: carteira recomendada para maio

Diante do cenário volátil, preferimos os títulos indexados à inflação

Tesouro Direto: carteira recomendada para maio
Celular com análise de investimentos (Foto: Pixabay)
  • Nossa Carteira Recomendada do Tesouro Direto para os próximos 30 dias considera que o ciclo de cortes dos juros poderá continuar dado um ambiente de recessão global e local
  • Diante do cenário volátil, a composição da carteira para este mês é de 90% em títulos indexados à inflação com vencimento em 2026, o mais curto disponível para compra
  • Assim, o investidor se protege da inflação no médio prazo e ainda obtém um juro real próximo de 3,4%

No último relatório mensal disponível – em março/2020 – as vendas do Tesouro Direto atingiram R$3.019 milhões, enquanto os resgates totalizaram R$3.780 milhões, com o estoque atingindo R$58,4 bilhões, com queda de 0,61% em relação ao mês anterior.

Nossa Carteira Recomendada do Tesouro Direto para os próximos 30 dias considera que o ciclo de cortes dos juros poderá continuar dado um ambiente de recessão global e local, além de falta de visibilidade em relação ao final da quarentena no país e ao quadro fiscal debilitado.

Externamente, alguns países estão começando a reabrir a economia. Porém, um receio de uma segunda onda de contágio pode trazer volatilidade, maior aversão ao risco e desvalorização de moedas emergentes como o real, que está no menor valor histórico perante ao dólar.

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Diante do cenário volátil, preferimos os títulos indexados à inflação. Portanto, a composição da carteira para este mês é de 90% em títulos indexados à inflação com vencimento em 2026 (o mais curto disponível para compra), assim o investidor se protege da inflação no médio prazo e ainda obtém um juro real próximo de 3,4%. Os outros 10% em Tesouro Selic.

Evolução dos Principais Indicadores nos Últimos 30 Dias

A curva de juros futuros caiu nos vencimentos mais curtos e avançou nos vértices mais longos aumentando a inclinação.

A continuidade dos riscos fiscais com queda de arrecadação e aumento das despesas do governo com a crise da covid-19, aliado a juros baixos por mais tempo, diante do quadro inflacionário benigno e atividade extremamente fraca, foram os motivos desse movimento.

Com a decisão do Copom em cortar 0,75p.p. a Selic no início do mês e sinalizar no comunicado que deverá continuar com reduções, os vértices curtos deverão continuar baixos, e em alguns vencimentos abaixo de 3%. A curva só deverá mostrar queda na inclinação com melhora no ambiente político que possibilite aprovação de reformas e menos incertezas internacionais.

A expectativa de inflação do mercado de acordo com a pesquisa Focus foi de queda relevante no último mês, dada a menor expectativa de crescimento da economia, núcleos de inflação comportados e recentes dados de inflação no campo negativo.

Na última semana, a expectativa de IPCA para 2020 atingiu 1,76% (2,72% no início do mês de abril) e para o próximo ano é de 3,25%, abaixo da meta.

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Apesar do dólar ter atingido as máximas, vemos dificuldade das empresas em repassar preços devido à fragilidade da economia, mantendo índice de preços comportados.

Por fim, após o IPCA de abril ficar no campo negativo, o mesmo deve ocorrer com o dado fechado do mês de maio, chegando em junho com IPCA de 12 meses próximo de 0%.

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