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Em dezembro de 2024, foram realizadas 1.301.432 operações de investimento em títulos do Tesouro Direto. O número é o maior da série histórica, totalizando R$ 8,55 bilhões, conforme apontam dados do Ministério da Fazenda. No mesmo mês, o total de investidores ativos no Tesouro Direto – aqueles que atualmente estão com saldo em aplicações no Programa – atingiu a marca de 3.013.921 pessoas. Além disso, o volume total investido nesse programa alcançou a marca de R$ 156,9 bilhões.
Para Renan Diego, especialista em finanças pessoais e investimentos, esse resultado é uma consequência do aumento da taxa básica de juros. “A previsão é de que a taxa alcance até 15% ao final de 2025. Então, olhando para esse cenário, as pessoas estão encontrando oportunidades para faturar na renda fixa, um dos investimentos mais seguros atualmente”, explica Diego.
O total de vendas de 2024 foi de R$ 67,9 bilhões, representando aumento de 45,6% em relação a 2023. Quanto ao total de operações, foram realizadas 9,2 milhões, aumento de 28,8% em relação a 2023. Em dezembro, o grupo de títulos mais demandados pelos investidores foi o indexado à inflação (Tesouro IPCA+, Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais, Tesouro RendA+ e Tesouro Educa+) que totalizou, em vendas, R$ 3,44 bilhões (40,2% do total).
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Vale lembrar que o título público é um papel ou ativo emitido pelo Tesouro Nacional, que pode ser vendido ou transferido. Ao comprá-lo, o proprietário empresta seus recursos ao Tesouro Nacional e, no término desse empréstimo, o investidor recebe de volta o seu investimento, acrescido do rendimento, a uma taxa que varia de acordo com os indexadores atrelados àquele investimento. Após a emissão, os títulos são comercializados através da B3 e das instituições financeiras habilitadas.
Vale a pena investir no Tesouro Direto?
De acordo com o especialista, o Tesouro Direto hoje é o tipo de “investimento coringa” e que ninguém pode deixar de ter na carteira. Além disso, ele acrescenta que a aplicação é uma das mais seguras por conta das altas taxas de juros no Brasil, mas que o retorno depende do percentual que será aplicado e do objetivo de cada pessoa que está investindo.
“O Tesouro IPCA+, por exemplo, paga a inflação, mais uma taxa pré-fixada, o que o torna um dos melhores investimentos quando o assunto é manter o poder de compra das pessoas. No Tesouro Selic, o investidor pode resgatar a qualquer momento, pois o resgate de títulos do Tesouro tem a liquidação D+1, recebendo a taxa básica de juros, que já é alta. Então, só há motivos positivos para investir o dinheiro no Tesouro Direto, independente do seu momento, se você está começando no mundo de investimentos, se você já é um intermediário ou se você é um avançado”, diz Diego.
Para quem está começando a aplicar no Tesouro Direto e deseja montar reservas financeiras, o especialista sugere dar entrada no Tesouro Selic, já que é um investimento que a pessoa pode tirar a qualquer momento. Outra opção que é recomendada para quem quer investir a longo prazo com foco na aposentadoria é a aplicação no Tesouro IPCA, já que ajuda a manter seu poder de compra.
“Quando ocorrer a queda da taxa básica de juros, é interessante aproveitar algumas oportunidades no Tesouro para realizar marcação a mercado, No Tesouro Selic, por exemplo, pode começar a investir com R$ 150. Se você for pensar em longo prazo, no Tesouro IPCA+, você pode começar a investir a partir de R$ 30″, diz ele.
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