

Nesta quinta-feira (18), as taxas dos títulos públicos do Tesouro Direto continuaram a trajetória de alta vista na véspera. Até às 11h45, os prefixados registravam os maiores avanços, entre 0,04 e 0,06 ponto percentual. O maior retorno estava no papel com vencimento para 2031, cujo rendimento anual saiu de 11,9%, na última quarta (17), para 12,03%, maior patamar desde o dia 9 de julho.
A rentabilidade real dos títulos atrelados à variação da inflação, conhecidos como “IPCA+”, também registraram leves altas. A maior ficou no vencimento mais curto, para 2029 – o retorno deste papel saiu de 6,13% ao ano, na véspera, para 6,16% ao ano. Já o maior retorno estava no vencimento para 2045, de 6,26% ao ano, acima da variação da inflação.
Por trás das elevações, estão as incertezas fiscais. Hoje, os investidores aguardam as reuniões da equipe econômica sobre o Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas, a ser divulgado na próxima segunda-feira (22). A expectativa é de que o relatório traga mais cortes de despesas no Orçamento.
A espera pelos novos dados fiscais aumenta a aversão a risco e pressiona os juros futuros e o dólar. Com isso, as taxas dos títulos públicos tendem a ficar mais altas, enquanto os preços dos papéis caem. Isto porque os prefixados e IPCA+ sofrem efeitos de “marcação a mercado”.
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Em tese, quanto maior as rentabilidades das novas emissões do Tesouro Direto, mais esses títulos desvalorizam na carteira, e vice-versa. Os deságios, entretanto, só acontecem para quem precisa vender os papéis antes do vencimento. Se levados até a data acordada, não há perdas, já que o retorno prometido é entregue.
Veja as taxas dos títulos públicos do Tesouro Direto nesta quinta (18).
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