Após um mês de outubro negativo para as bolsas globais, a primeira sessão de novembro é de estabilidade na Europa e de queda para os índices futuros em Nova York.
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A cautela adotada pelos investidores reflete às expectativas pela decisão de juros por parte do Federal Reserve (Fed, o banco central estadunidense), na tarde de hoje, bem como do aguardado discurso de Jerome Powell, presidente do banco central norte-americano, que fará pronunciamento após a decisão.
Apesar de todos os desafios postos a mesa da autoridade monetária, com inflação ainda longe da meta, um mercado de trabalho pujante, e uma atividade que não cede, a grande maioria dos agentes de mercado esperam por uma manutenção nos juros nos Estados Unidos nesta quarta-feira (01), no intervalo de 5,25 a 5,50%.
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Neste contexto, os Treasuries (títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano) avançam, enquanto o dólar opera levemente positivo frente a moedas fortes. No mercado de commodities, o petróleo tem alta próxima de 1%, enquanto o minério de ferro avançou 2,51% na madrugada em Dalian, cotado a US$ 125,66 por tonelada.
A alta da commodity metálica vem na espera de novos estímulos por parte do governo chinês, uma vez que o índice gerente de compras (PMI) industrial local entrou em cenário de contração na passagem de setembro para outubro.
Por aqui, em dia de decisão de juros também e à véspera de um feriado, a cautela pode prevalecer na sessão, enquanto que os resultados do terceiro trimestre de 2023 podem oferecer movimentos pontuais.
Para a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), que será conhecida após o fechamento de mercado, é esperado mais um corte de 0,5 ponto percentual (pp) na Selic, mas com a curva de juros futura indicando uma diminuição na magnitude dos próximos passos.
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Ou seja, são esperadas mudanças no comunicado que acompanha a decisão, que poderia reduzir o ritmo de corte de 0,5 pp para 0,25 pp na próxima reunião em diante, em meio aos riscos globais oriundos das tensões geopolíticas, bem como de uma mudança na meta fiscal.
Agenda econômica
Brasil: O grande destaque da agenda é a decisão de política monetária após o fechamento dos mercados. Antes disso, os dados da produção industrial são esperados às 9h, o PMI industrial às 10h e a balança comercial de outubro às 15h. Além disso, o Tesouro fará leilão de LTN e NTN-B às 11h.
EUA: A agenda tem como principal destaque a decisão do Fed às 15h, seguida de coletiva de Jerome Powell, às 15h30. Mais cedo, às 9h15, saem o relatório ADP de criação de emprego do setor privado e o relatório Jolts, com abertura de vagas, às 11h.
Europa: Mais cedo, o PMI industrial do Reino Unido avançou de 44,3 em setembro para 44,8 em outubro, mostrando melhora, mas ainda bem abaixo de 50 pontos, indicando contração da atividade. Além disso, o número ficou bem abaixo do esperado.
China: O PMI industrial caiu de 50,6 em setembro para 49,5 em outubro, vindo abaixo de 50 pontos, o que sugere que o governo chinês poderá trazer novos estímulos em breve
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