Os mercados internacionais continuam refletindo os receios dos investidores sobre uma forte desaceleração econômica global, dessa vez renovados pelo inesperado tombo nas exportações chinesas em novembro em reflexo da rígida política de Covid-zero. Como resultado, as principais Bolsas da Europa exibem perdas ao redor de 0,50%, assim como os índices futuros de Nova York sugerem mais uma sessão de ajustes negativos.
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Além disso, completando um cenário mais adverso, as principais commodities recuam hoje, com os contratos de petróleo em queda leve, enquanto os preços futuros do minério de ferro encerram a sessão com perdas de 1,92% na madrugada em Dalian, cotados ao equivalente a US$ 109,66/tonelada.
Ainda assim, como tem sido a dinâmica recente, os mercados locais podem se desprender do contexto internacional, especialmente em meio às expectativas de que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição possa ser ainda mais “diluída” durante apreciação e provável votação pelo plenário do Senado hoje – ontem, a aprovação da PEC na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) previa a ampliação do teto de gastos em R$ 145 bilhões por 2 anos, versus proposta inicial com um valor de R$ 198 bilhões.
Agenda econômica
Brasil: A decisão de juros do Comitê de Política Econômica (Copom) do Banco Central (BC) será divulgada somente após o término dos negócios (a partir das 18h30). Logo cedo, o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) de novembro (08h) mostrou deflação de 0,18%, enquanto era esperado um recuo de 0,18% do indicador, após uma queda de 0,62% em outubro.
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EUA: Destaque apenas para os dados semanais de estoque de petróleo (12h30).
Europa: O membro do Conselho do Banco Central Europeu (BCE) Fabio Panetta participa de evento (11h30). Mais cedo, dados da Destatis revelaram que a produção industrial da Alemanha recuou 0,1% em outubro ante setembro. De qualquer forma, apesar de negativo, o resultado superou a expectativa de queda de 0,7% no período.
China: Dados da balança comercial para o mês de novembro apontaram um tombo de 8,7% nas exportações chinesas e de 10,6% das importações – números bem maiores do que os declínios de 2% e 4% esperados, respectivamente.
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