A semana vai chegando ao fim diante de uma onda mais compradora, que impulsiona os mercados
internacionais, ainda que preocupações com a inflação e a política monetária não tenham sido completamente dissipadas – pelo contrário, ontem, o BCE elevou suas taxas básicas de juros em 0,75 pp e, hoje, o presidente do Eurogrupo, Paschal Donohoe, reforçou que é preciso agir com vigor para conter inflação.
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Assim, as principais bolsas da Europa sobem com maior intensidade agora cedo, assim como os índices futuros de Nova York sugerem ganhos ao redor de 1% para os mercados à vista hoje por lá. Entre as commodities, os contratos futuros do petróleo sobem mais de 1,5%, enquanto mais cedo os preços futuros do minério de ferro subiram mais uma vez na Bolsa de Dalian, aos US$ 104,16 por tonelada, um ganho de 3,74%. Por fim, no mercado global de moedas, o índice DXY, que mede as variações do dólar frente a outras divisas, caía quase 1% há pouco.
Por aqui, além do ambiente externo mais favorável, uma possível nova deflação em agosto pode contribuir para o alívio nas taxas de juros futuras, após o pronunciamento mais duro do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, no início da semana, ajudando também o Ibovespa a manter a sua trajetória ascendente.
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Agenda econômica 09/09
Brasil: O IBGE divulga o IPCA de agosto (9h), cuja mediana aponta para uma queda de 0,40%, após outro recuo de 0,68% em julho. Como resultado, a taxa em 12 meses deve ir a 8,69% (de 10,07% na leitura anterior). Ainda hoje, a Anfavea informa a produção de veículos do mês passado (10h).
EUA: Destaque apenas para o índice de estoques no atacado relativo a julho (11h) entres os indicadores da sessão. Com relação aos eventos, dirigentes do Fed fazem discursos: Charles Evans, de Chicago (11h), Esther George, de Kansas City (13h), e o diretor da autoridade monetária, Christopher Waller (13h).
China: O índice de preços ao consumidor (CPI) subiu 2,5% em relação ao ano anterior em agosto, em
comparação com um aumento de 2,7% em julho, desacelerando inesperadamente, pois analistas esperavam um aumento de 2,8%. O índice de preços ao produtor (PPI) subiu 2,3% em agosto em relação ao ano anterior, abaixo dos 4,2% de julho, enquanto analistas esperavam um avanço de 3,0%. Em ambos os casos, os dados parecem sugerir um abrandamento da demanda doméstica.
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