Os ajustes dos mercados no Brasil nesta quarta-feira (10) devem ser alinhados ao comportamento do cenário externo, que dá sinais negativos, embora a safra de balanços possa oferecer algum contraponto. Além disso, na agenda, a sessão reserva o dado de produção industrial que deve mostrar avanço após uma sequência de meses de retração. O resultado positivo, porém, ilustra mais uma base de comparação fraca do que um aquecimento da atividade.
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Os mercados internacionais operam levemente negativos tanto na Europa quanto nos futuros de Nova York. Além das preocupações que seguem na mesa (leia-se risco de recessão global, e instabilidade no setor bancário norte-americano), as atenções hoje estão voltadas para o dado de inflação ao consumidor (CPI) de abril nos Estados Unidos e na cautela oriunda do impasse nas negociações para elevação do teto da dívida americana.
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Na Alemanha, mais cedo, o CPI de abril mostrou desaceleração frente ao mês de março, em linha com às expectativas. Apesar da boa notícia, o indicador ainda está bem acima da meta e, consequentemente, não foi suficiente para mudar o rumo dos negócios.
Em outros mercados, a sessão é de queda próxima a 1% para os contratos futuros de petróleo, enquanto o dólar, medido pelo índice DXY – que compara a divisa americana a outras moedas fortes –, apresenta leve fortalecimento frente aos pares, evidenciando o clima de maior aversão ao risco.
Agenda econômica
Brasil: Às 9h são aguardados os dados de produção industrial do mês de março, com a mediana das expectativas apontando para um avanço de 1% ante recuo de 0,2% em fevereiro. O dia também reserva o Relatório de Estabilidade Financeira (REF) do segundo semestre de 2022, seguido de entrevista coletiva do diretor de Fiscalização do Banco Central (BC), Paulo Souza.
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Outro diretor do BC, Renato Dias de Brito Gomes, fará participação em dois eventos em Londres durante o dia, enquanto o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, recém indicado para o BC, dará entrevista durante à tarde.
EUA: A principal agenda do dia fica com a inflação ao consumidor (CPI) de abril, com expectativa de avanço de 0,4% ante março, o que manteria a inflação de 12 meses em 5%. Por lá também são aguardados os estoques de petróleo às 11h30.
Europa: Na Alemanha o CPI deabril subiu 0,4% em abril ante março e atingiu 7,2% na comparação anual, desacelerando dos 7,4% observados em março. O indicador veio em linha com as projeções. Já no Reino Unido, a dirigente do Banco da Inglaterra (BoE), Carolyn Wilkins fará discurso durante à tarde.
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