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Abertura de Mercado: inflação nos EUA, estímulos na economia chinesa e meta fiscal pautam as bolsas nesta quinta-feira

A bolsa brasileira deve se ajustar ao tom favorável visto ontem no exterior durante o feriado local

Abertura de Mercado: inflação nos EUA, estímulos na economia chinesa e meta fiscal pautam as bolsas nesta quinta-feira
(Foto: Envato Elements)

A maioria dos mercados internacionais exibe sinais levemente negativos nesta manhã de quinta-feira (16), após terem avançado ontem em meio à desaceleração da inflação ao produtor nos Estados Unidos, reforçando ainda mais a percepção de que o ciclo de aperto monetário chegou ao fim em economias desenvolvidas.

No Reino Unido, por exemplo, sinais otimistas vindos da inflação ao consumidor também foram vistos. Além disso, a aprovação pelo Senado americano do pacote de leis a fim de evitar a paralisação do governo, no fim da quarta-feira (16), também é uma fonte de preocupação a menos aos investidores.

Assim, em um movimento de realização de lucros, as principais bolsas da Europa e os índices futuros de Nova York operam em queda agora cedo. O dólar, por sua vez, é negociado perto da estabilidade, enquanto os contratos futuros de petróleo voltam a cair, estendendo as perdas de ontem, e os preços futuros do minério de ferro registraram queda de 1,53%, cotados a US$ 133,01 por tonelada.

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Apesar dos sinais observados em outros mercados, a bolsa deve se ajustar ao tom favorável visto ontem no exterior durante o feriado local. Contudo, sem indicadores internos relevantes, os investidores ainda acompanham a posição do governo sobre a meta fiscal de 2024.

Agenda econômica

Brasil: Os diretores do Banco Central, Fernanda Guardado, Renato Dias de Brito Gomes e Diogo Abry Guillen participam de duas sessões da Reunião Trimestral com Economistas, no Rio de Janeiro (das 9h às 10h30 e das 11h30 às 12h30). Ainda na agenda de eventos, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reúne-se com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e os Ministros da Defesa, José Múcio, e das Relações Exteriores, Mauro Vieira (9h20).

EUA: Estão previstos os dados de produção industrial em outubro (11h15), os pedidos semanais de auxílio-desemprego (10h30) e o índice de confiança das construtoras em novembro (12h). Além disso, vários dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central estadunidense) discursam: Lisa Cook (8h), MichaelBarr (9h10 e 12h35), Loretta Mester (10h30 e 13h45) e Christopher Waller (12h30).

Europa: Na Alemanha, a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, participa de conferência do Comitê Europeu de Risco Sistémico (ESRB).

China: O Banco do Povo da China (PBoC) injetou 1,45 trilhão de yuans (US$ 199,91 bilhões) em recursos através da chamada Linha de Empréstimo de Médio Prazo de um ano a uma taxa de juro de 2,5%. Anteriormente, a mesma operação também injetou 495 bilhões de yuans em liquidez através de acordos de recompra inversa de sete dias a uma taxa de juro de 1,8%.

Economistas esperavam mais liquidez no mercado, com a redução da taxa de compulsórios, mas isso não aconteceu. Do lado real da economia, a produção industrial subiu 4,6% em outubro ante igual mês do ano passado, resultado que marca uma aceleração após alta de 4,5% em setembro e supera expectativas de aumento de 4,3%.

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As vendas no varejo, por sua vez, avançaram 7,6% na mesma base comparativa, também acima das projeções, de 7,0%. Em setembro, o incremento havia sido de 5,5%. Em paralelo, os investimentos em ativos fixos cresceram 2,9% entre janeiro e outubro, frente à alta de 3,1% nos primeiros três trimestres de 2023, enquanto a taxa de desemprego urbana ficou inalterada em 5,0% no mês passado.

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