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Abertura de Mercado: Viés negativo predomina após desaceleração na China

Abertura de Mercado: Viés negativo predomina após desaceleração na China
Foto: Shutterstock/Immersion Imagery/Reprodução

Refletindo a política de Covid zero para combater a atual onda de coronavírus, a China divulgou mais um conjunto de indicadores fracos. Em abril, as vendas no varejo caíram mais do que o esperado, e a produção industrial recuou 2,9%, quando era esperado um crescimento de 1%. Apesar dos novos sinais de desaceleração da segunda maior economia do mundo, o banco central chinês (PBoC) decidiu hoje deixar algumas de suas principais taxas de juros inalteradas.

Nesse ambiente, as principais bolsas europeias operam sem força na manhã desta segunda-feira, enquanto investidores digerem projeções mais pessimistas para o crescimento e inflação da zona do euro. No Estados Unidos, os índices futuros em Nova York também exibem viés de baixa, bem como
os juros dos treasuries. O dólar recua ante moedas de países desenvolvidos, mas sobe majoritariamente ante divisas emergentes e ligadas a commodities.

E os contratos futuros do petróleo operam em baixa nesta manhã, revertendo parte dos fortes ganhos da sessão anterior, após indicadores fracos da China reavivarem preocupações sobre a demanda futura pela commodity. Aqui no Brasil, o recuo do petróleo pode pesar nas ações da Petrobras, enquanto os dados fracos da China podem impactar negativamente as ações ligadas ao setor de materiais básicos no Ibovespa, embora a reabertura de Xangai possa trazer algum alívio.

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Agenda econômica 16/05

Brasil: O Banco Central divulga a nota com as estatísticas fiscais do Setor Público Consolidado de março hoje, às 9h30. A mediana do mercado indica déficit primário de R$ 3,0 bilhões. Eletrobras, Itaúsa, Nubank, Banco Inter, IRB e Magazine Luiza divulgam balanços do primeiro trimestre nesta segunda-feira, após o fechamento dos mercados. Nesta terça-feira, o destaque é o IGP-10 de maio. O Tribunal de Contas da União (TCU) retoma a análise da privatização da Eletrobras, na quarta-feira.

EUA: Nesta segunda-feira, são esperados o índice de atividade industrial Empire State de abril (9h30), e discurso do presidente do Fed de Nova York, John Williams (9h55). Na terça, estão previstas as vendas no varejo em março, enquanto a secretária do Tesouro americano, Janet Yellen, participa do Fórum Econômico de Bruxelas 2022. O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, também discursa em evento na terça-feira.

Europa: O presidente do Banco da Inglaterra, Andrew Bailey, discursa hoje às 11h15. Na terça, está prevista a segunda leitura do PIB da zona do euro do primeiro trimestre e a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, fala em evento. Na quarta, sai o índice de preços ao consumidor (CPI) da zona do euro de abril. O BCE divulga ata da última reunião de política monetária, na quinta-feira, e o índice de confiança do consumidor preliminar da zona do euro de maio sai na sexta-feira. Mais cedo, a União Europeia reduziu sua projeção para o PIB da zona do euro deste ano, de alta de 4% para 2,7%. E a balança comercial da zona do euro ficou deficitária em 17,6 bilhões de euros em março.

China: As vendas varejistas chinesas cederam 11,1% na comparação anual de abril, caindo mais que o esperado por analistas, que era recuo de 5,4%. O resultado foi pior do que os registrados em março (-3,5%). Já a produção industrial da China caiu 2,9% em abril ante igual mês de 2021, ante projeção de crescimento de 1,0% do mercado e expansão de 5,0% vista em março. Apesar das retrações, o Banco do Povo chinês (PBoC, o banco central chinês) manteve algumas de suas principais taxas de juros.

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