Sem grandes novidades no front econômico, as expectativas pela decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), na próxima quarta-feira (21), mantêm a cautela entre os investidores neste começo de semana. É provável que as perdas registradas nos mercados internacionais de ações e commodities impactem negativamente o desempenho dos ativos no Brasil, levando o Ibovespa para um quinto pregão seguido de baixa.
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Nos próximos dias o Banco Central (BC) deve indicar o fim do ciclo de aperto monetário, mas as maiores dúvidas parecem residir em quando os cortes na Selic começam a acontecer. Os investidores precisarão aguardar até pelo menos quarta-feira para rever suas apostas, uma vez que a instituição encontra-se em período de silêncio e só se pronunciará após a decisão do Comitê de Política Monetária do BC (Copom).
Entretanto, além da preocupação com os juros e a dinâmica dos preços da maior economia do mundo, nesta segunda-feira (19), o vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Luis de Guindos, disse mais uma vez que a instituição fará o que for necessário para trazer a inflação à meta, sugerindo aumentos adicionais de juros por lá.
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A injeção de estímulos por parte do Banco Central da China (o PBoC), de 12 bilhões de yuans, parece ficar em segundo lugar hoje.
Neste cenário, as principais bolsas da Europa cedem mais de 1%, enquanto os índices futuros de Nova York apontam para perdas da mesma magnitude nos mercados à vista.
Entre as commodities, os contratos futuros do petróleo recuam, ampliando perdas acumuladas nas três últimas semanas, enquanto os preços futuros do minério de ferro recuaram 1,40% durante a madrugada na bolsa de Dalian, cotados aos US$ 100,50 por tonelada.
No mercado global de moedas, o índice DXY, que mede as variações do dólar frente a outras seis divisas relevantes, sobe estendendo o movimento recente.
Agenda econômica (19/09)
Brasil: Hoje temos o tradicional boletim Focus do Banco Central (8h25), mas todas as atenções se concentrarão na reunião do Copom, que começa amanhã e termina na quarta-feira – após o fechamento dos mercados.
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EUA: O Índice de Confiança das Construtoras (11h) abre a agenda da semana, mas assim como no Brasil, a decisão de política monetária atrairá a atenção do mercado, sendo conhecida também na quarta-feira, mas durante o pregão (15h), seguida de coletiva do presidente do Fed, Jerome Powell. Na sexta-feira sai o Índice de Gerente de Compras (PMI), dado de atividade econômica.
Europa: Amanhã, a presidente do BCE, Christine Lagarde, participa de evento (14h). Na quinta-feira, os bancos centrais da Turquia (8h) e do Reino Unido (8h) anunciam suas decisões de política monetária. Na sexta-feira também estão previstos diversos PMIs de países do bloco.