No exterior, renovados riscos de aceleração no ritmo de alta do juro americano a alguns dias da reunião do Federal Reserve deixam os investidores na defensiva, com as bolsas americanas indicando que darão continuidade às perdas da véspera. O mercado de ações na Europa vai na mesma direção, assim como a Ásia que fechou em baixa. Com este sentimento, os juros dos títulos dos EUA ampliam ganhos, enquanto o índice DXY do dólar avança.
A escalada da inflação mundial e sem sinais de arrefecimento pressionam os bancos centrais para uma atuação mais agressiva na condução das suas políticas monetárias. Ontem, o presidente do Fed, Jerome Powell, disse que um aumento de 0,5 p.p. nas taxas de juros dos EUA em maio é uma opção, para conter a pressão inflacionária.
No Brasil, o sentimento negativo externo deve contaminar o mercado local na volta do feriado, bem como ruídos políticos. A queda nas bolsas internacionais tende a atingir em cheio o Ibovespa, como já indicara na véspera o recuo de mais de 2,6% do EWZ. Ao mesmo tempo, o câmbio pode devolver quedas recentes, acompanhando o exterior. Porém, ainda tende a fechar a semana em queda.
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A expectativa de um dólar mais alto deve influenciar nos juros futuros.
Agenda econômica 22/04
Europa: A presidente do BCE, Christine Lagarde (11h00) e o presidente do Banco da Inglaterra (BoE) (11h30) fazem discursos.
EUA: Às 10h45, sai o PMI composto e de serviços de abril, leitura preliminar.