Os principais mercados internacionais operam sem uma direção única nesta manhã de quarta-feira, com levealta entre os índices futuros em Nova York e queda generalizada na Europa, após a União Europeia propor mais cedo novas medidas de sanções à Rússia, incluindo o embargo total a importações de petróleo – o que, por sua vez, fez com que os preços da commodity passassem a subir mais de 3%.
Soma-se a este cenário o fato de que os investidores ainda aguardam as confirmações das altas dos juros de 1 p.p. (para 12,75%) e de 0,50 p.p. (para o intervalo entre 0,75% e 1%) pelo Copom do Banco Central e pelo Fomc do Federal Reserve, o que sugere menor propensão à tomada de risco, ao menos nas primeiras horas de negociação.
Na frente política nacional, o presidente da Câmara, Arthur Lira, sinalizou a necessidade de harmonização entre as esferas de poder a fim de criar um ambiente institucional mais favorável para aprovações de medidas e, consequentemente, melhoras na economia real.
Agenda econômica 04/05
Brasil: O anúncio da nova taxa Selic pelo Copom será feito somente após o término dos negócios, às 18h30. Ao longo do dia, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, participa da primeira sessão da reunião do Copom, de análise de conjuntura (9h30) e também encontra-se com vários ministros, incluindo o da Economia, Paulo Guedes (11h), antes de integrar também a segunda parte do encontro do comitê. Entre os indicadores, saem os índices dos gerentes de compras (PMI) do setor de serviços e o composto (10h). Na frente corporativa, os resultados de BRF, Suzano, CSN e Petrorio, estão entre os destaques da sessão.
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EUA: O destaque do dia fica para a decisão de juros do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc), prevista para às 15h, seguida da entrevista do presidente da instituição Jerome Powell, às 15h30. Mais cedo, às 9h15, sai o relatório da ADP sobre a criação de empregos no setor privado norte-americano em abril, seguido dos PMI de serviços e o composto, às 10h45 e 11h, respectivamente.
Europa: As vendas no varejo da zona do euro caíram 0,4% em março ante fevereiro, frustrando a expectativa de mercado, que apontava para uma alta de 0,1% das vendas no período. Em relação a igual mês do ano passado, as vendas tiveram expansão de 0,8% em março. Por outro lado, o PMI composto da zona do euro, englobando os setores industrial e de serviços, subiu de 54,9 em março para 55,8 em abril, atingindo o maior nível em sete meses, segundo a pesquisa final divulgada pela S&P Global.