O ambiente segue favorável à tomada de risco no exterior, com os índices futuros das bolsas em Nova York subindo mais, os juros dos Treasuries ainda em queda, além de bolsas europeias se ajustando mais intensamente aos desdobramentos na véspera.
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Como se sabe agora, o Federal Reserve reafirmou ontem a sua projeção de três cortes de juros este ano – num ciclo total de 0,75 pp – elevando as apostas de que a redução inicial deve mesmo vir em junho.
Além disso, o banco central da Suíça, conhecido como SNB, reduziu sua principal taxa de juros em 0,25 pp, passando de 1,75% a 1,5%, tornando-se a primeira autoridade monetária de uma economia desenvolvida a relaxar a política monetária, aumentando as apostas que esse deve ser o mote entre os demais banqueiros centrais daqui para frente.
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Por outro lado, na China, nem mesmo os novos sinais de que o PBoC planeja flexibilizar sua política monetária, em meio a desconfianças no mercado sobre o cumprimento da meta de crescimento de cerca de 5% este ano, foi suficiente para animar os investidores hoje.
Por fim, entre as principais commodities, os contratos futuros do petróleo passaram a cair nesta manhã de quinta- feira, após alta moderada na madrugada, enquanto os preços futuros do minério de ferro subiram 2,72% durante a madrugada em Dalian, na China.
Ao que tudo indica, essa influência deve ser positiva para os ativos locais – e, de fato, o principal ETF brasileiro negociado no exterior, o EWZ, subia levemente no pré-mercado de Nova York.
Porém, é válido notar que os investidores também devem se ajustar à decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de alterar o forward guidance da política, sinalizando que a Selic poderá cair menos do que se esperava, provavelmente resultando em ajustes em alta ao longo de toda a curva de juros local – em especial entre os vencimentos mais longos.
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Agenda econômica 21/03:
Brasil: A arrecadação federal em fevereiro será publicada pela manhã (10h30), além da nova grade de parâmetros macroeconômicos de março da Secretaria de Política Econômica (14h).
Entre os eventos, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, reúne-se com representantes da Moody’s Investors Service e da Secretaria do Tesouro Nacional (9h30), o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, recebe o Ministro da Economia e das Finanças do governo do Benin, Romuald Wadagni (14h) e a Ministra da Cultura, Margareth Menezes (15h), enquanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva lança plano para a juventude negra (10h) e têm encontro com fruticultores (18h).
Por fim, o Supremo Tribunal Federal (STF) começa a julgar ação que questiona o fator previdenciário (14h).
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EUA: Serão publicados os Índices de Gerentes de Compra (PMIs) composto, industrial e de serviços preliminares de março (10h45). A secretária do Tesouro, Janet Yellen, testemunha no Congresso sobre orçamento proposto pelo presidente Joe Biden (11h) e o vice-presidente de Supervisão do Fed, Michael Barr, participa de evento (13h).
Europa: O Banco da Inglaterra (BoE) divulga sua decisão de política monetária (9h), além do Banco Central da Turquia (8h). Mais cedo, os PMIs da Alemanha mostraram uma acentuada baixa na atividade industrial, enquanto o PMI composto da zona do euro subiu de 49,2 em fevereiro para 49,9 em março, atingindo o maior nível em nove meses.
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