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Abertura do Mercado: Sem referência externa, investidores acompanham inflação no Brasil

Abertura do Mercado: Sem referência externa, investidores acompanham inflação no Brasil
Sede da B3 19/10/2021 REUTERS/Amanda Perobelli

A sessão desta quarta-feira (24) mostra pouco fôlego para os mercados internacionais, refletindo uma agenda esvaziada de indicadores além da espera pelo início do Simpósio do Federal Reserve (Fred, o banco central norte-americano) em Jackson Hole, amanhã – na sexta-feira, o presidente da instituição, Jerome Powell, fará seu discurso. A falta de referência externa deve fazer com os investidores brasileiros foquem em questões estritamente domésticas neste início de pregão.

Ainda sem pistas mais concretas sobre a condução do ciclo de aperto monetário na maior economia do mundo, os investidores preferem adotar uma postura mais cautelosa. Neste sentido, os índices futuros de Nova York operam praticamente estáveis, enquanto na Europa as bolsas oscilam entre bandas estreitas entre altas e baixas.

O índice DXY, que mede as variações do dólar frente a outras seis divisas relevantes, também opera perto da estabilidade, enquanto os contratos futuros do petróleo operam em alta, ampliando os fortes ganhos da sessão anterior, quando foram estimulados pelos dados do API (American Petroleum Institute, responsável pela divulgação dos estoques de combustíveis nos EUA) apontando nova queda no volume na última semana, de 5,6 milhões de barris.

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No Brasil, a possível confirmação de uma deflação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) de agosto – uma prévia da inflação oficial –, puxada pela redução de impostos sobre energia elétrica e combustíveis e cortes dos preços de gasolina, pode trazer mais alívio aos juros futuros, fazendo com que a dinâmica local seja mais favorável do que a observada no exterior.

Agenda econômica (24/08)

Brasil: A agenda tem como destaque a divulgação do IPCA-15 de agosto (9h00), cuja mediana das estimativas indica deflação de 0,82%, após alta de 0,13% em julho – o que, se confirmado, será a maior deflação mensal da série histórica do índice. No acumulado de 12 meses, o IPCA-15 deve arrefecer de 11,39% em julho para 9,49% em agosto, abaixo do nível de dois dígitos pela primeira vez desde agosto de 2021 (quando foi de 9,30%).

EUA: Serão divulgadas as leituras de agosto das encomendas de bens duráveis (9h30) e das vendas pendentes de imóveis (11h00), além de estoques de petróleo pelo Departamento de Energia (11h30).

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