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- Companhias do Ibovespa tiveram um desempenho melhor que seus pares de países desenvolvidos, apontou relatório da XP.
- Instituição afirmou que resultados do terceiro trimestre das companhias brasileiras foram "fracos", mas em linha com o esperado.
As ações de companhias brasileiras tiveram um desempenho superior ao de seus pares globais no terceiro trimestre deste ano, apontou um relatório da XP. A instituição aponta que o resultado pode ser explicado por uma “melhoria do cenário macroeconômico global”, o que favorece mercados de maior risco, como os países emergentes e, neste caso, o Brasil.
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De acordo com o relatório, divulgado no começo desta semana, entre os dias 10 de outubro e 16 de novembro o Ibovespa apresentou retornos de 6,5% em reais e de 11,3% em dólares, enquanto o índice MSCI ACWI, que reúne as maiores empresas dos mercados desenvolvidos, aumentou apenas 3,1% no mesmo período.
“Desde o início da temporada de resultados, as ações brasileiras apresentaram desempenho superior ao de seus pares globais. O desempenho superior é largamente explicado por uma melhoria cenário macro global que impulsiona ativos de risco globais devido à recente atividade econômica dos Estados Unidos, especialmente inflação, sugerindo que o fim do aperto da política monetária por parte do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) está próximo”, destacou a XP.
Balanços “fracos”
Apesar disso, o documento classificou como “fracos” os balanços divulgados pelas companhias referentes ao terceiro trimestre. Entre as 160 avaliadas pela instituição, 35% superaram as estimativas de receita, 20% ficaram aquém e 45% foram de acordo com as expectativas.
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Em relação ao lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda), 35% dos balanços superaram as estimativas, 50% ficaram dentro do que o mercado esperava e 15% decepcionaram. Já em termos de lucro líquido, 57% apresentaram resultados que surpreenderam positivamente, 16% ficaram dentro do esperado e 27% ficaram abaixo.
Os setores com destaques positivos foram: Educação, Financeiro, Operadoras de Saúde, Shoppings, Frigoríficos, Mineração e Óleo e Gás.
“Dadas as expectativas já baixas, a surpresa com os lucros não foi tão negativa em comparação com as estimativas da XP. As receitas e o Ebitda reportados ficaram ligeiramente abaixo, mas próximos das projeções da XP (surpresa negativa de 1,1% e 0,6%, respectivamente), enquanto o lucro líquido representou uma surpresa positiva em 5,3%”, informou a instituição.