A XP (XPBR31) registrou lucro líquido ajustado recorde de R$ 1,32 bilhão no 2T25, alta de 18% em um ano. (Foto: Adobe Stock)
As ações da XP abriram em forte queda nesta terça-feira (19), refletindo a divulgação de um balanço financeiro que provocou sentimentos mistos nos investidores. Apesar do lucro líquido recorde de R$ 1,32 bilhão no 2º trimestre de 2025, a instituição registrou uma queda de 70% na captação líquida em comparação ao mesmo período do ano passado. Até às 11h35, os papéis listados nos Estados Unidos (NASDAQ) despencavam 7,37%, aos US$ 16,21, enquanto os Brazilian Depositary Receipts (BDRs) afundavam 6,42%, aos R$ 88,91. Lá fora, o código dos ativos é “XP“, enquanto na B3 os BDRs são negociados como “XPBR31“.
Após a publicação dos resultados, após o fechamento de ontem, o Itaú BBA soltou um relatório em que reforça a recomendação neutra para XP e classifica os números como “mistos”. Para o BBA, além da queda na captação, as receitas mais fracas foram outro ponto de atenção: na comparação trimestre a trimestre, o faturamento bruto cresceu 2% e chegou a R$ 4,6 bilhões – ligeiramente abaixo das expectativas.
Contudo, é comparativamente que a performance da XP se mostra menos atrativa. Pelo menos, para o Itaú BBA. “No geral, o trimestre mostrou boa gestão de margens, mas também evidenciou áreas em que dinâmicas mais fracas de receita podem prevalecer. A distância de desempenho operacional em relação ao seu principal concorrente (BTG, com classificação equivalente à compra) continuou a se ampliar”, diz a instituição, em relatório.
O BTG publicou o balanço do 2º trimestre do ano na semana passada. No período, o banco também apresentou um lucro líquido ajustado recorde, de R$ 4,2 bilhões, que representa um crescimento de 42% em relação ao mesmo intervalo em 2024. As receitas totais também subiram 38% na comparação com o 2º trimestre do ano passado, para R$ 8,3 bilhões. O forte resultado fez as units BPAC11 saltarem para as máximas históricas do papel.
Já o Citi mantém a recomendação de compra para XP, ainda que reconheça um resultado aquém do esperado no 2º trimestre de 2025 (leia mais sobre isso aqui).