Índices acionários internacionais registram ganhos no início da semana, impulsionados pela expectativa de cortes de juros pelo Federal Reserve. (Foto: Adobe Stock)
As ações brasileiras, representadas pelo Ibovespa, apresentam em média retornos de 32,1% em reais e 41,2% em dólares nos 12 meses após o início do ciclo de queda de juros nos EUA. A informação foi divulgada em relatório pela XP Investimentos nesta quarta-feira (17). Ainda hoje, o banco central americano, Federal Reserve (Fed), deve reduzir os juros locais em 0,25 ponto porcentual, conforme as expectativas do mercado.
Segundo a XP, no ciclo mais recente, iniciado em setembro de 2024, o retorno foi de apenas 8,8%, abaixo da média histórica. No geral, eles acreditam que se posicionar na Bolsa brasileira tende a ser uma boa opção para o investidor. Isso porque os títulos prefixados (medidos pelo índice IRF-M) lideraram os retornos na renda fixa, mas ainda ficaram atrás da Bolsa.
Os analistas explicam ainda que em comparação com os benchmarks globais, as ações brasileiras entregaram retornos superiores ao índice dos Mercados Emergentes dos Estados Unidos após ciclos anteriores de cortes do Fed, com o MSCI Brasil registrando retorno médio de 34,0% um ano após o primeiro corte.
Quais são os setores com os melhores desempenhos após corte de juros pelo Fed?
Em relação aos setores, os analistas salientam que na primeira semana após o corte, o setor que tende a ser mais beneficiado é o de propriedades comerciais, que em média sobe 5,4% com o corte de juros.
Em linhas gerais, a XP explica que o desempenho setorial varia em torno dos cortes: setores ligados a commodities tendem a apresentar desempenho inferior antes do primeiro corte, mas se recuperam e superam os setores domésticos após o início da queda de juros nos EUA. Veja o desempenho dos setores na tabela a seguir.