As 5 ações mais rentáveis do Ibovespa em fevereiro

De acordo com um levantamento da Ágora Investimento, o papel da da São Martinho (SMTO3) alcançou o posto de principal destaque do mês na Bolsa de Valores.

De acordo com o levantamento da Ágora Investimentos, a companhia conquistou uma alta de 8,8% no acumulado mensal. A valorização está baseada nas projeções positivas para a empresa nos próximos meses, principalmente, com a volta dos impostos sobre os combustíveis. “A volta dos impostos na gasolina deixa o etanol mais competitivo e isso melhora o resultado da São Martinho e do setor como um todo. O ganho é em cima de uma projeção futura”, diz Leonardo Alencar, head de Agro, Alimentos e Bebidas da XP.

Veja as cinco ações do Ibovespa mais rentáveis em fevereiro

Empresa	Retorno em fevereiro
São Martinho (SMTO3)	8,8%
Multiplan (MULT3)	5,8%
Natura (NTCO3)	5,3%
TIM (TIMS3)	4%
Weg (WEGE3)	3%
Fonte: Ágora Investimentos

Logo em seguida, apareceram as ações da Multiplan (UGPA3), mas desta vez com uma valorização de 5,8% no acumulado mensal. O destaque acontece, principalmente, em virtude dos resultados do quarto trimestre do ano passado. Isso porque a empresa teve uma expansão de margem no lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de 73% com o gerenciamento das despesas operacionais. Além disso, apresentou uma alta de 12% no lucro líquido em comparação ao mesmo período de 2021.

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“Mesmo com eventos externos que afetaram negativamente o fluxo dos empreendimentos (eleições e Copa do Mundo), as Vendas nas Mesmas Lojas (SSS) cresceram 10,9% na comparação anual, com destaque para os segmentos de serviços e alimentação”, destaca Caio Nabuco de Araújo, analista da Empiricus Research.

As 5 ações menos rentáveis do Ibovespa em fevereiro

Já as ações da Natura (NTCO3) encerraram fevereiro com uma valorização de 5,3% no acumulado mensal, conquistando espaço entre as cinco maiores alta do Ibovespa. Na avaliação da Ágora Investimentos, a valorização tem relação com as notícias sobre o processo de venda Aesop para um player global que deve ser finalizado entre março e abril. A conclusão da venda ajudaria a companhia a reduzir a dívida bruta do grupo em torno de R$ 11,5 bilhões.

“A Aesop é um marca de beleza australiana voltada para o segmento de luxo, que foi comprada pela Natura em 2013, e é o negócio que cresce a taxas mais aceleradas respondendo por cerca de 6% das receitas do grupo”, afirmaram os analistas em relatório ao E-Investidor.

Essas mudanças devem simplificar a linha de negócios da companhia, o que pode favorecer os resultados operacionais da empresa nos próximos anos. “A simplificação de negócios e a definição de um caminho mais “claro” de onde a empresa deve extrair valor tornaram o fundamento da empresa mais racional”, diz Felipe Cima, operador de renda variável da Manchester Investimentos.

A TIM (TIMS3) também teve destaque neste mês de fevereiro ao anunciar a intenção de pagar cerca de R$ 2,3 bilhões em proventos em 2023. Os planos da companhia foram revelados no dia 14 de fevereiro quando apresentou ao mercado o seu plano estratégico para os anos de 2023 a 2025.

No documento, a empresa não detalhou qual será a proporção das quantias referentes ao juros sobre capital próprio (JCP) e de dividendos. No entanto, a intenção já foi o suficiente para animar os investidores.

Nos pregões do dia 17 e 22 de fevereiro, quando o mercado pode repercutir o plano estratégico, as ações da companhia fecharam com ganhos de 0,58% e de 1,89%, respectivamente. A boa performance ajudou a empresa de telecomunicações a encerrar o mês de fevereiro com uma alta acumulada de 4%.

“A empresa também anunciou sua nova CFO, Andrea Viegas, que atualmente ocupa o cargo de Controller na TIM Brasil e tem mais de 20 anos no setor de Telecom, sendo 17 no Grupo TIM exercendo diversas funções. Todos esses anúncios contribuíram para a alta do papel no mês”, informou a Ágora.

Já a Weg (WEGE3) fechou o mesmo período com uma valorização de 3%.

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