A Americanas (AMER3) que está em recuperação judicial surprendeu o mercado ao reportar um lucro de de R$ 10,279 bilhões no acumulado dos meses de julho a setembro deste ano. O volume reverte o prejuízo de R$ 1,63 bilhão reportado no balanço referente ao terceiro trimestre de 2023. Com esse resultado operacional, as ações da varejista sobem 30,36% na manhã desta quinta-feira (14) e ajudam a minimizar as perdas de 95% do papel no acumulado de 2024.
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Camille Faria, CFO da varejista, explica que os números refletem o processo de novação de dívida que trata-se de um mecanismo jurídico de reestruturação das pendências financeiras. A medida criou uma receita financeira decorrente do pagamento de dívidas por um valor menor após um acordo entre credores que garantiu uma “economia” para os resultados operacionais da Americanas.
“Além disso, de ponto de vista contábil, enquanto o plano de recuperação judicial não é aprovado, tínhamos de seguir reconhecendo a despesa financeira da dívida. No momento da novação, eu estorno toda essa despesa financeira que eu vinha reconhecendo nos últimos trimestres em mais de R$ 4 bilhões. Então, entre haircut (redução do valor de alguma dívida) e estorno desse serviço da dívida, temos esses R$ 10 bilhões de lucro”, explicou Camille em entrevista ao Broadcast.
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Sem os efeitos desse mecanismo, a situação financeira da varejista estaria em “equilíbrio“, segundo a avaliação da CFO. Ou seja, sem um lucro ou prejuízo relevante durante o terceiro trimestre. A receita líquida, por sua vez, foi de R$ 3,197 bilhões, o representa uma alta de 0,6%.
Já o Ebitda da Americanas (AMER3) ficou em ficou em R$ 547 milhões no terceiro trimestre, revertendo número negativo em R$ 368 milhões do trimestre correspondente de 2023.
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