Imagem de pilhas de minério de ferro, que podem impactar os preços da commodity com a expansão da oferta global, conforme apontado por analistas do BTG.
Os analistas do BTG Pactual Leonardo Correa e Marcelo Arazi avaliam que o recente rali do minério de ferro está perdendo força. Isso porque uma nova oferta se aproxima e a produção de aço segue caindo. A commodity subiu quase 10% desde suas mínimas de junho de 2025, mas, sem uma recuperação convincente no setor de construção da China, os riscos de queda estão ressurgindo.
Por isso, os analistas do BTG mantêm a postura cautelosa em relação ao setor e reiteram a expectativa de que os preços do minério de ferro possam cair para abaixo de US$ 90 a tonelada até o final do ano.
Para a dupla, os sinais do mercado físico permanecem mais cautelosos: os descontos para minérios de menor qualidade estão se ampliando, os estoques estão aumentando e a curva a termo se achatou.
“Do lado da oferta, a Rio Tinto antecipou os primeiros embarques esperados da gigante mina de Simandou, na Guiné, para novembro. Embora os volumes iniciais possam ser modestos, o projeto marca uma mudança estrutural de longo prazo, potencialmente desafiando a participação de mercado da Austrália e do Brasil”, avaliam Correa e Arazi.