Banco do Brasil (BBAS3) é principal baixa do dia (Foto: Adobe Stock)
O Ibovespa hoje caiu 0,48%, aos 132.437,39 pontos, e com volume negociado de R$ 45,4 bilhões. O primeiro pregão de agosto começou com uma falha técnica que impediu a visualização da pontuação do índice de ações até o início da tarde. Após a normalização, o Ibov passou a cair em compasso com os mercados externos – em Nova York, por exemplo, S&P 500, Dow Jones e Nasdaq cederam 1,6%, 1,23% e 2,24% na sessão, respectivamente.
O mau humor que pressionou os mercados vem das incertezas em relação àstarifas impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, a diversos países, somadas à divulgação de um relatório americano do emprego, o “Payroll”, abaixo das expectativas. “A economia americana criou apenas 73 mil vagas em julho, abaixo da expectativa de 101 mil, e os dados dos dois meses anteriores foram revisados para baixo. Na minha leitura, o mercado de trabalho começa a dar sinais mais evidentes de fraqueza, o que pressiona o Fed a antecipar cortes de juros”, afirma Christian Iarussi, economista e sócio da The Hill Capital.
Por aqui, o clima também foi de apreensão, com os investidores ainda temendo um aumento do desgaste entre Brasil e EUA em meio à aplicação da Lei Magnitsky sobre o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Na prática, a norma pode pressionar instituições financeiras com operações nos EUA a não prestarem serviços ao juiz, o que aumentou as preocupações sobre eventuais sanções sobre o Banco do Brasil (BBAS3), responsável pelo pagamento de salários do funcionalismo público. O BB, que já atravessava um período conturbado após as últimas demonstrações financeiras virem abaixo do esperado, amargou quedas de 6,8% no pregão e liderou as perdas no Ibovespa.
O dólar terminou o dia em baixa de 0,99% frente ao real na sessão, aos R$ 5,55, enquanto o euro subiu 0,39%, aos R$ 6,42.
Banco do Brasil (BBAS3) é a maior baixa do dia
As ações do Banco do Brasil fecharam a sessão com queda de 6,8%, a maior do Ibovespa, negociando a R$ 18,35. A instituição financeira atravessa um período ruim desde a divulgação de resultados abaixo do esperado no 1º trimestre do ano. De lá para cá, as projeções para BBAS3 estão sofrendo cortes, com preocupações sobre a carteira do agronegócio. Somou-se a isso as incertezas sobre possíveis pressões no banco estatal devido à Lei Magnitsky. A BBAS3 está em baixa de -6,85% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de -21,04%.
A CSN (CSNA3) é a segunda maior baixa do dia, com uma desvalorização de 4,99%, aos R$ 18,35, após prejuízo no 2º trimestre de 2025. A CSNA3 está em baixa de -4,99% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de -14,%.
Os papéis da Gerdau (GGBR4) completam a tríade das maiores quedas do dia, com um deslize de 4,69%, para R$ 16,05. A frustração com os resultados do 2º trimestre do ano também estão por trás do desempenho das ações. A GGBR4 está em baixa de -4,69% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de -10,29%.
Veja o resumo das principais baixas desta sexta:
Banco Do Brasil (BBAS3): -6,85%, R$ 18,35
CSN (CSNA3): -4,99%, R$ 7,62
Gerdau (GGBR4): -4,69%, R$ 16,05
Marcopolo (POMO4) é principal alta do Ibovespa
As ações do Marcopolo (POMO4) saltaram 7,63% no pregão, para R$ 8,89, e terminaram o dia na liderança positiva do Ibovespa. O desempenho que levou o papel à maior cotação desde novembro de 2024 acontece na esteira da repercussão positiva do balanço do 2º trimestre, visto como “sólido” pelo Citi. A POMO4 está em alta de 7,63% no mês. No ano, acumula uma valorização de 25,56%.
Publicidade
Os papéis da Auren (AURE3) foram a segunda maior alta do Ibov, com uma valorização de 4,1%, para R$ 9,65, enquanto o Assaí (ASAI3) avançou 3,08%, para R$ 9,70, e foi o terceiro maior salto do dia. A AURE3 está em alta de 4,1% no mês. No ano, acumula uma valorização de 10,79%. Já a A ASAI3 está em alta de 3,08% no mês. No ano, acumula uma valorização de 75,09%.