Banco do Brasil (BBAS3) divulga balanço no dia 14 de agosto. Foto: Adobe Stock
O BTG Pactual voltou a revisar para baixo as estimativas para o ano de resultados do Banco do Brasil (BBAS3) nesta sexta-feira (1). O primeiro corte de projeções aconteceu em julho, logo após a estatal decepcionar o mercado com os números referentes ao primeiro trimestre de 2025.
Na ocasião, o time de research do banco rebaixou a recomendação do papel de compra para neutro, um caminho que seria seguido depois por muitos outros players do mercado. A estimativa de lucro por ação foi cortada em 25% para 2025 e em 19% para 2026. Relembre aqui.
De lá para cá, no entanto, a BBAS3 derreteu na Bolsa. Agora, enquanto aguarda os números do segundo tri, o BTG optou por refazer as contas.
Nas novas estimativas para 2025 e 2026 foram reduzidas em mais 20% e 15%, respectivamente. “Quanto mais analisávamos, mais preocupados ficávamos com o fato de nossas estimativas ainda parecem excessivamente otimistas”, destaca o relatório do BTG.
O banco projeta um lucro líquido de R$ 5 bilhões para o Banco do Brasil no 2T25, e de R$ 23,5 bi no acumulado do ano. Se confirmado, isso representaria um ROE de 12,5%.
O grande ponto de incerteza na tese de BB é a carteira do agro. Para o BTG, a estatal pode estar perdendo parte da principalidade que tinha com clientes, além de passar pelo enfraquecimento de sua posição em relação à execução de garantias.
“A visibilidade permanece muito baixa, dado o grande volume de empréstimos do BB para o agronegócio com vencimento nos próximos meses, o que significa que os resultados podem variar significativamente dependendo do desempenho desses pagamentos. Além disso, pelos motivos descritos acima, acreditamos que a deterioração dos resultados está vindo ‘de elevador’, enquanto qualquer recuperação provavelmente virá ‘de escada'”, diz o documento.
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O BTG não é o primeiro a revisar as expectativas antes da divulgação do balanço do 2T25 do BB, que sai no próximo dia 14. O Safra cortou as estimativas e agora espera que a estatal apresente um lucro líquido de R$ 4,64 bilhões, uma queda de 51,5% na comparação com o mesmo trimestre de 2024. O Bank of America seguiu o mesmo caminho e espera por uma queda de 40%.