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Banco Inter lidera altas no Ibovespa após retomar migração para os EUA

Empresa anunciou nesta segunda-feira reorganização societária para reestruturar listagem no exterior

Banco Inter lidera altas no Ibovespa após retomar migração para os EUA
A notícia de que o Banco Inter retomou a reestruturação para listagem na Nasdaq, em Nova York, repercutiu bem no mercado. Foto: Inter
  • As ações da empresa iniciaram o pregão com salto de 4,72% e conseguiram se manter em alta durante todo o dia, encerrando como a maior alta na B3
  • Em fato relevante, o Inter informou que voltou ao processo de reorganização societária para migrar sua base acionária para a Inter&Co. No Brasil, ficaria apenas negociação de certificados de depósito de valores mobiliários (BDRs)

A notícia de que o Banco Inter retomou a reestruturação para listagem na Nasdaq, em Nova York, repercutiu bem entre o mercado nesta segunda-feira (18). As ações da empresa iniciaram o pregão com salto de 4,72% e conseguiram se manter em alta durante todo o dia, encerrando como a maior alta na B3.

Com valorização de 4,22%, a BIDI11 é cotada a R$ 17,26.

Em fato relevante, o Inter informou que voltou ao processo de reorganização societária para migrar sua base acionária para a Inter&Co. No Brasil, ficaria apenas negociação de certificados de depósito de valores mobiliários (BDRs).

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No texto, a instituição explica todo o processo, reiniciado no dia 15, quando realizou o “filing” público de um aditivo à declaração de registro na Securities and Exchange Commission (SEC, a Comissão de Valores Mobilários dos EUA), relacionado com os novos termos e condições para a potencial retomada da Reorganização Societária.

Antes que a proposta seja votada pela Assembleia Geral Extraordinária (AGE), o banco vai protocolar o pedido de registro de emissor estrangeiro e o pedido de registro de programa de BDRs Nível II perante a CVM e a B3.

“Uma vez e caso deferido o registro de programa de BDRs Nível II pela CVM e B3, os BDRs Nível I serão automaticamente substituídos por BDRs Nível II”, diz o Inter no fato relevante enviado à CVM.

A incorporação da totalidade das ações de emissão do Inter pela Inter Holding Financeira S.A. (HoldFin) será realizada por seu valor patrimonial contábil, resultando na emissão, pela HoldFin, em favor dos acionistas ON e PN do Inter, inclusive titulares de units, de duas classes de ações preferenciais de emissão da HoldFin.

Uma dessas classes será resgatável em BDRs e a outra classe em dinheiro. Para cada seis ações ordinárias e/ou preferenciais de emissão do Inter, será entregue uma PN Resgatável de emissão de HoldFin, ou seja, será entregue 0,16666666667 PN Resgatável para cada uma ação ordinária ou preferencial de emissão do Inter e, para cada duas units do Inter, será entregue uma PN Resgatável de emissão de HoldFin.

Expansão internacional

A retomada do processo para listagem internacional acontece na esteira de um plano de desenvolvimento no exterior do Banco Inter. Na semana passada, em entrevista ao Estadão, o presidente do banco, João Vitor Menin, defendeu a meta de internacionalização da empresa que, ao contrário dos pares como o Nubank, quer focar nos países desenvolvidos.

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O plano é alcançar um milhão de clientes nos Estados Unidos até o fim do ano e, depois, partir para uma expansão na Europa.

“Queremos ser um aplicativo global. No fim, não vamos pensar mais em uma conta brasileira e outra americana, mas tudo interligado para que criemos uma solução global. E, ao acertar a mão na operação dos Estados Unidos, em vez da Colômbia, por exemplo, os resultados serão absurdamente maiores”, diz João Vitor Menin.

*Com Estadão Conteúdo

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