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O que o BB diz sobre a Braskem (BRKM5) após balanço e proposta árabe?

O BB Investimentos revisou sua tese para a petroquímica, que virou alvo da Abu Dhabi National Oil Company (Adnoc)

O que o BB diz sobre a Braskem (BRKM5) após balanço e proposta árabe?
Braskem (BRKM5) (Foto: Daniel Teixeira / Estadão)
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  • O BB Investimentos revisou sua tese para a petroquímica.
  • A instituição reitera a recomendação neutra.
  • Por fim, atualiza o preço-alvo.

O BB Investimentos revisou sua tese para a Braskem (BRKM5) após a companhia divulgar seu balanço financeiro e receber uma nova proposta de conglomerado empresarial árabe. A instituição financeira reitera a recomendação neutra para a petroquímica, com preço-alvo atualizado em R$ 27 para a ação, ante os R$ 36 de antes.

No documento, o analista Daniel Cobucci destaca que o cenário deve seguir desafiador para a companhia no quarto trimestre de 2023 e ao longo de 2024, dada as perspectivas de baixos spreads (diferença entre o preço de compra e o preço de venda), já que as adições de capacidade e a queda na demanda têm impactado negativamente a dinâmica de custos e preços dos produtos petroquímicos.

Ele reforça que a empresa tem como destaque elementos como:

  • modelo de larga escala, com posição de liderança, sendo a maior produtora de resinas termoplásticas das Américas e a sexta maior do mundo;
  • a estratégia de crescimento e diversificação geográfica (40% da capacidade produtiva vem do exterior) e de matérias primas (nos últimos anos, deixou de ser excessivamente dependente da nafta como insumo);
  • contratos de longo prazo com fornecedores em todas as regiões;
  • possibilidade de crescimento por meio de produtos mais sustentáveis, como as resinas “I’m greenTM”, que possuem pegada de carbono negativa.

“Em resumo, entendemos a Braskem como uma companhia com vantagens estruturais e em setor estratégico, mas em um momento setorial desafiador, além de se encontrar no meio de uma possível transação de M&A (fusão e aquisição, na sigla em inglês) que pode ter resultados não tão favoráveis aos minoritários”, diz.

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Também afirma que o elevado nível de alavancagem preocupa, principalmente por conta do menor lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) dos últimos doze meses, que levou a relação dívida líquida/Ebitda para 12,2 vezes, ante 7,9 vezes no trimestre anterior. “Por outro lado, cabe apontar a robusta posição de caixa, o prazo alongado de endividamento e taxas bastante competitivas, fatores que contrapõem a alavancagem atipicamente mais elevada neste momento.”

Os riscos da Braskem (BRKM5)

Do lado dos riscos, Cobucci pontua que alguns podem impactar negativamente o valor da empresa ou sua tese de investimento e destaca a volatilidade cambial e os preços de petróleo, bem como volatilidade nos spreads de produtos químicos e o aumento das provisões relacionadas a um evento geológico de Alagoas.

“Tem, ainda, a mudanças tributárias e, na Braskem Idesa, atenção aos fatores que podem reduzir a capacidade do terminal de importação ou novas mudanças que aumentem custos para a operação na região”, ressalta, acrescentando mudanças no controle da companhia que implicam em uma estratégia distinta de alocação de capital.

Proposta dos árabes

Abu Dhabi National Oil Company (Adnoc), que já tinha feito uma proposta de aquisição pela Braskem anteriormente, renovou seu interesse ao remeter à petroquímica, bem como às controladoras, um oferta de R$ 10,5 bilhões.

O diferencial, agora, é que a Adnoc pretende manter tanto a Petrobras (PETR3; PETR4) como a Novonor no bloco de controle da companhia, sendo que anteriormente a Novonor deixaria a empresa. A Petrobras, por sua vez, diz avaliar a oferta, mas em outros momentos o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que a preferência era que uma empresa nacional adquirisse a Braskem.

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Acontece que a União é o acionista majoritário da Petrobras que, por sua vez, é controladora da Braskem conjuntamente com a Novonor, que é a ex-Odebrecht, empresa multisetorial implicada na operação Lava Jato. A fala de Lula joga o foco sobre a Unipar Carbocloro (UNIP6), que também fez oferta pela petroquímica.

3º trimestre de 2023

Em relação ao terceiro trimestre de 2023, a Braskem reportou prejuízo de R$ 2,418 bilhões, 119,2% maior ante as perdas de R$ 1,103 bilhão no mesmo período de 2022. A administração informou, no balanço, que o desempenho negativo no lucro líquido aconteceu em função, principalmente, do impacto da variação cambial no resultado financeiro, dada a depreciação do real final frente ao dólar final de 4% sobre a exposição líquida da companhia, no montante de US$ 4,0 bilhões.

O relatório aponta, ainda, que o Ebitda recorrente atingiu R$ 921 milhões no período, queda de 53% ante um ano. No intervalo trimestral, contudo, foi registrado avanço de 31%. Já a receita líquida somou R$ 16,676 bilhões, queda de 34% ante um ano e recuo de 6% na comparação com os três meses imediatamente anteriores.

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