Black Friday começa com mercados globais estáveis após falha técnica em Nova York
Liquidez segue reduzida no pregão encurtado nos EUA, enquanto investidores monitoram dólar, Treasuries, commodities e anúncios bilionários de dividendos no Brasil
Índices futuros de Nova York operam estáveis no retorno do feriado, após falha técnica interromper negociações e em meio ao pregão de liquidez reduzida da Black Friday. (Foto: Adobe Stock)
A Black Friday começa com os índices futuros de Nova York operando estáveis no retorno do feriado americano. O movimento ocorre após uma falha técnica interromper as negociações ontem (27), devido a um problema de resfriamento em um data center (instalação que abriga servidores e equipamentos). As equipes de tecnologia seguem trabalhando para resolver a questão, mas é importante lembrar que o pregão desta sexta-feira (28) terá horário reduzido – o que deve diminuir ainda mais a liquidez já limitada.
Nos demais mercados, o dólar avança levemente frente às principais moedas, após três quedas consecutivas. Os rendimentos dos Treasuries também apresentam alta moderada, embora a probabilidade de um corte de juros pelo Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA) no próximo mês permaneça em torno de 80%. Já o ouro caminha para o quarto mês seguido de valorização.
Entre as commodities, os contratos futuros de petróleo indicam o possível fim do mais longo período de perdas mensais em mais de dois anos. Investidores aguardam a reunião da Opep+ neste fim de semana e monitoram os esforços diplomáticos para encerrar o conflito na Ucrânia. Já o minério de ferro recuou 0,19% na madrugada, negociado a US$ 112,13 por tonelada em Dalian, após sinais de menor produção de aço na China.
Assim como ontem (27), a ausência de referências internacionais relevantes deve manter o fôlego limitado no mercado brasileiro. Ainda assim, o noticiário local pode trazer algum ânimo aos investidores, impulsionado também pelos anúncios bilionários de dividendos divulgados nas últimas horas. A Vale (VALE3), por exemplo, pagará R$ 3,58 por ação, enquanto o Itaú (ITUB4) aprovou R$ 23,4 bilhões em remuneração aos acionistas, o equivalente a R$ 2,18 por ação.