Mercado

BofA avalia que potencial de energia solar da Weg tem sido subestimado

O banco reiterou a recomendação de compra para as ações da empresa

BofA avalia que potencial de energia solar da Weg tem sido subestimado
Foto: Shutterstock

(Márcia Furlan) – O Bank of America (BofA) reiterou em relatório divulgado hoje a recomendação de compra para as ações da Weg após analisar o crescimento exponencial da empresa no segmento de energia solar. O potencial desse negócio e o impacto na receita líquida, segundo o banco, têm sido subestimados pelo mercado. O preço alvo previsto é de R$ 50, alta potencial de 70% ante o fechamento da última sexta-feira.

O relatório assinado pelo analista Gustavo Tasso estima que a área de energia solar é a de crescimento mais rápido da Weg, registrando aumento de 130% entre 2017 e 2021. Representa algo em torno de R$ 2 bilhões e cerca de 40% das vendas no Brasil do segmento de Geração Transmissão e Distribuição (GTD), contra 5% em 2017.

“Este número notável reforça nossa visão de que a prática comum de usar apenas o portfólio atual de produtos da Weg para projetar vendas futuras tende a subestimar significativamente a receita líquida de longo prazo”, diz Tasso.

Publicidade

Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos

Ele argumenta que a receita de geração distribuída (GD) no Brasil tem crescido em um ritmo rápido, de 150% entre 2017 e 2021, e agora é responsável por 8 GW de capacidade, contra apenas 0,2 GW em 2017.

A previsão do BofA é que essa tendência continue, já que a GD responde por apenas aproximadamente 4% da capacidade de geração do país. Em 2021, a expansão de capacidade foi de 80% na comparação anual, enquanto a carteira de pedidos para geração centralizada ultrapassou 25 GW. Com relação a importações de painéis fotovoltaicos (indicador antecedente), os números aumentaram 99% em 2021. Para o banco, a Weg está bem posicionada para capturar este crescimento.

Tasso prevê ainda que as vendas do segmento GTD de 2021 da companhia devem fechar 86% acima da média anual dos últimos 3 anos e representar 37% do faturamento total. Isso, segundo o banco, mostra que esse crescimento disruptivo foi relevante para o desempenho geral da empresa.