- Segundo os analistas, os metais básicos devem ser os mais prejudicados no atual cenário
- Apesar dos desafios, o Bank Of América recomenda a compra das ações da Companhia Brasileira de Alumínio (CBA)
A instabilidade geopolítica e os sinais de desaceleração econômica acenderam um alerta para os analistas de commodities do Bank Of America (BofA). Em relatório, a equipe de research do banco informou que segue adotando uma postura mais cautelosa em relação às companhias ligadas a commodities minerais e reajustou para baixo as previsões de preço para papéis do setor.
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O BofA recomenda venda das ações da CSN Mineração (CMIN3) após revisar para baixo o preço-alvo dos papéis da companhia, que saiu de R$ 5 para R$ 4,7. Já para as ações da CSN (CSNA3), a recomendação é neutra, mas o preço-alvo passou de R$ 25 para R$ 23.
Sobre as ações da Companhia Brasileira de Alumínio (CBA), o baco recomenda a compra após reduzir o preço-alvo de R$ 20 para R$ 18. Para os papéis da Vale (VALE3), a recomendação é neutra, com preço-alvo de R$ 99.
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Segundo os analistas, os metais básicos são os mais atingidos no atual cenário macroeconômico. “Os produtores de aço estão sob pressão na China, nos EUA e na Europa devido aos ventos contrários cíclicos. Atrelado a isso, o minério de ferro deve passar para o excedente, reforçando nossa visão de baixa da casa que prevê preços médios de US$ 95 por tonelada em 2023”, ressaltam os analistas, no relatório publicado na última sexta-feira (08).
Para o cobre, a previsão é de que o preço da commodity fique abaixo dos US$ 6 mil por tonelada nos próximos meses, por estar mais exposto à desaceleração econômica.
Segundo o BofA, apesar da possibilidade de uma possível recuperação da atividade econômica chinesa, o que poderia sustentar os preços no curto prazo, o aumento da oferta e a crise energética podem trazer um cenário mais desfavorável no próximo ano para o cobre. “Por outro lado, o investimento acelerado na transição energética e a independência energética provavelmente ajudarão a reequilibrar o mercado e empurrar os preços mais altos novamente a partir de 2024”, acreditam.