O índice Dow Jones fechou em alta de 0,47%, aos 44.901,92 pontos. O S&P 500 fechou com avanço de 0,40% aos 6.388,64 pontos e o Nasdaq terminou o dia com ganho de 0,24%, aos 21.108,32 pontos. Na semana, houve alta de 1,26%, 1,46% e 1,02%, respectivamente.
Não houve muita coisa na agenda dos EUA hoje, mas a próxima semana será bastante movimentada, com a reunião do Federal Reserve (Fed), os dados de inflação do Índice de Preços de Despesas de Consumo Pessoa (PCE) de junho, os prazos para o pagamento de tarifas e o relatório mensal do governo dos Estados Unidos sobre o emprego (payroll) de julho, afirma o ING. Na decisão, é amplamente esperada uma manutenção de juros pelo Fed, mas há grande atenção à opinião de dois dirigentes em meio à mudança de postura: o diretor Chris Waller e a vice-presidente de Supervisão, Michelle Bowman.
“No que diz respeito às ações, as pesquisas do lado comprador sugerem que os níveis de caixa dos investidores estão relativamente baixos e que a comunidade pode estar próxima de estar totalmente investida”, aponta. “Embora um catalisador para uma correção nas ações não seja óbvio – os prazos para o pagamento de tarifas em agosto podem geram novas ameaças – parece que os investidores ainda precisarão ser ágeis neste verão no hemisfério norte”, sugere o banco.
Apesar da sensação de que o pior momento da guerra comercial de Trump tenha ficado para trás, há temor pelo aumento da volatilidade à frente com os efeitos de tarifas maiores na economia americana. “Os riscos não evaporaram. Na verdade, quanto mais nos aproximamos de 1º de agosto, mais frágil se torna o rali em Wall Street”, alerta o CEO do deVere Group, Nigel Green.
No fronte corporativo, a Intel tombou 8,53%, depois de desistir da construção de fábricas na Europa e desacelerar construção de uma unidade em Ohio. Já a Paramount Global caiu 1,58%, após aprovação da fusão com a Skydance Media, avaliada em US$ 8 bilhões.
Dólar sobe com sinais de progresso nas negociações entre EUA e União Europeia
O dólar operou em alta nesta sexta-feira (25), com ganhos ante o iene e a libra e pouca força frente ao euro, em meio a sinais de que os Estados Unidos e a União Europeia buscam avançar em um possível acordo comercial.
O índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de seis moedas fortes, fechou em alta de 0,28%, a 97,645 pontos.
Em meio a negociações por um acordo comercial entre EUA e a UE, a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, informou hoje que se encontrará com o presidente americano, Donald Trump, no domingo, 27.
Dados da Alemanha não ajudaram a dar suporte ao euro. O índice Ifo de sentimento das empresas subiu para 88,6 pontos em julho, mas ficou abaixo da expectativa.
O iene cedia ante o dólar em meio sinais dúbios na relação entre os EUA e o Japão. Segundo o Financial Times, Tóquio contestou declarações da equipe de Trump sobre lucros de investimentos conjuntos, afirmando que não há nenhum acordo vinculante assinado e que a proposta surgiu em uma reunião improvisada de 70 minutos.
Após o corte de juros pelo Banco Central da Rússia, o rublo se manteve em queda ante o dólar, mas reduzia levemente suas perdas. Às 16h23 (de Brasília), o dólar subia a 79,3485 rublos, após máxima de 80,0224 rublos mais cedo, ante 79,2635 no fim da tarde de ontem.
Na América do Sul, o dólar operava em alta frente ao peso argentino, mesmo após a Argentina conquistar o direito de acessar mais US$ 2 bilhões do programa de socorro com o Fundo Monetário Internacional (FMI). Às 16h50 (horário de Brasília), o dólar se valorizava a 1.281,0823 pesos no mercado oficial, e, de acordo com o Âmbito Financiero, estava estável a 1.320 pesos no paralelo, conhecido como blue.
Juros recuam na maioria dos vértices com pressão de Trump ao Fed e expectativa por decisão
Os juros dos Treasuries operaram na maioria em queda, após avançarem por duas sessões consecutivas, de olho na pressão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao Federal Reserve (Fed) para que a autoridade corte juros. A decisão de política monetária da próxima semana deve deixar as taxas inalteradas, mas investidores aguardam sinais dos próximos passos do banco central.
Os mercados monitoram o “teatro político” em Washington, segundo o BMO. Na quinta-feira (25), em visita para inspecionar as obras na sede do Fed, Trump voltou a pedir redução das taxas de juros em 3 pontos porcentuais e minimizou a possibilidade de demitir o presidente do BC, Jerome Powell. “Isso não deve impedir uma nova onda de posts nas redes sociais na tarde de quarta-feira, quando o Fed novamente se recusar a cortar taxas de juros até ter noção sobre o impacto da guerra comercial na economia dos EUA”, prevê o BMO. Para analistas, ainda é cedo para que o BC americano sinalize qualquer possibilidade de redução dos juros em breve, embora a expectativa ainda seja de início dos cortes em setembro.
Por sua vez, cresce a atenção para dois dos indicados de Trump para o Fed, Chris Waller e Michelle Bowman, que afirmaram que apoiariam cortes. “O restante do comitê acredita que tem tempo para esperar, especialmente à luz do recente relatório de empregos de junho, mais firme do que o esperado, e da incerteza contínua sobre o quão inflacionárias as tarifas do presidente serão”, aponta o ING.
“A inflação tem se comportado bem recentemente, registrando leituras mensais de 0,1% e 0,2% entre fevereiro e maio, mas sempre suspeitamos que levaria três meses, de abril a maio, para que as tarifas aparecessem nos dados”, aponta o banco. “Isso significa que os relatórios de julho, agosto e setembro são onde vemos o potencial para valores de 0,4% ao mês ou até mesmo 0,5%”, sugere.
A Capital Economics avalia que as encomendas de bens duráveis divulgadas hoje mostram que a indústria dos EUA continua resiliente, apesar dos temores de que as incertezas tarifárias estariam pesando sobre a demanda. As encomendas totais tiveram queda de 9,3% em junho ante maio, abaixo do previsto pela Factset e devolvendo somente uma parcela do salto registrado em maio ante abril.