Bolsas globais sobem com Oracle e expectativa de cortes de juros pelo Fed
Mercados reagem ao otimismo com tecnologia e possíveis cortes de juros nos EUA, mas ameaças de Trump e tensões diplomáticas com o Brasil limitam ganhos locais
Ações da Oracle impulsionam alta em Wall Street, enquanto investidores aguardam dados de inflação nos EUA e reagem a novas tensões diplomáticas. (Foto: Adobe Stock)
A sessão desta quarta-feira (10) começa sob sinais de que os índices acionários dos Estados Unidos podem renovar máximas históricas, ainda que em meio a um otimismo contido. A alta expressiva das ações da Oracle no pré-mercado, impulsionada por projeções mais robustas para a divisão de nuvem e por uma visão positiva em relação à infraestrutura ligada à Inteligência Artificial (IA), dá o tom do dia.
Soma-se a isso a expectativa de cortes cada vez mais agressivos nos juros pelo Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA).
Fora das bolsas, o dólar e os rendimentos dos Treasuries operam estáveis, enquanto os contratos futuros de petróleo avançam pelo terceiro pregão seguido, refletindo as novas ameaças tarifárias de Donald Trump contra países que importam o produto russo.
Se, por um lado, o bom momento das bolsas globais e das commodities tende a sustentar o ânimo no mercado doméstico, por outro, as recentes ameaças americanas ao Brasil podem limitar o apetite dos investidores.
Em resposta, o governo brasileiro condenou a tentativa de intimidação da Casa Branca ao cogitar o uso de poder econômico e militar para “proteger a liberdade de expressão”. Segundo o Itamaraty, os Três Poderes não se deixarão intimidar “por qualquer forma de atentado à nossa soberania”.